“A inovação tecnológica irá aprofundar ou diminuir a pobreza?”, questiona engenheiro sobre os impactos da Indústria 4.0

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Começou, hoje (10/7), o Seminário Internacional de Inteligência Artificial, em Belo Horizonte (MG). Promovido pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG), o evento reúne especialistas, intelectuais e profissionais do Brasil e de outros países do mundo. O engenheiro e vice-presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Ubiratan Félix, afirmou na mesa de abertura que estamos passando por período de transformações profundas parecidas com a primeira Revolução Industrial. “O acelerado processo de inovação tecnológica, chamado de Indústria 4.0, tem características semelhantes à 1ª Revolução Industrial, cujo processo substituiu mão de obra humana por máquinas a vapor”, recordou. De acordo com Ubiratan, uma das recentes transformações foi o impacto nas empresas de telefonia, que perderam cerca de 25% de suas receitas por conta da substituição das mensagens de SMS por aplicativos gratuitos. “Outro exemplo é a substituição da TV por assinatura por plataformas de streaming, que contam hoje com mais assinantes. Mas a questão central desse processo será a distribuição desses recursos bem como sua utilização. A inovação tecnológica irá aprofundar ou diminuir a pobreza?”, questionou, acrescentando: “Precisamos defender um conjunto de pressupostos éticos associados à igualdade social e a garantia de direitos. Uma das propostas seria a diminuição da carga horária sem diminuição salarial para garantir tempo de estudo”. Ubiratan se formou em engenharia civil na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 1985, e relembra: “Na disciplina de cálculo estrutural, precisávamos de uma equipe de pessoas. Hoje, eu consigo fazer em um programa e dimensionar a obra em 3D”, finalizou. O Seminário Internacional de Inteligência Artificial termina amanhã (11/7). Saiba mais aqui 

Texto: Camila Marins/Fisenge
Foto: Caroline Diamante/Senge-MG