Na noite da quarta-feira (21), os participantes do VII Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua voltaram a lotar o auditório do Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, para acompanhar a posse de Joel Krüger no cargo de presidente do Confea, recebido de José Tadeu da Silva, que presidiu o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia de 2012 a 2017.
Eleito para o triênio 2018/2020, Krüger foi aplaudido de pé, logo no início da solenidade, ao exibir o Termo de Posse assinado, e ovacionado ao final de seu discurso, no qual se comprometeu em valorizar as profissões reunidas pelo Sistema Confea/Crea, formado pelos fóruns de entidades nacionais, conselhos regionais, câmaras especializadas e instituições de ensino, e que tem registrados cerca de 1 milhão e 400 mil profissionais, além de 350 mil empresas.
“Foi uma caminhada longa”, disse ao historiar sua trajetória no Sistema, iniciada há 12 anos como conselheiro do Crea Paraná. Na sequência, pediu “cooperação para implantar as mudanças necessárias ao Sistema”, e convocou todos os profissionais “para trabalhar juntos e fortalecer as geociências, a engenharia e retomar o desenvolvimento do Brasil”.
Durante a cerimônia, Joel agradeceu os presidentes de Creas que o antecederam no Paraná, assim como o que o sucede. Família, presidentes de Creas, conselheiros federais e regionais, entidades de classe, representantes da academia e de entidades precursoras foram saudados por Krüger e aplaudidos por todos, como reconhecimento pelo trabalho de cada fórum que compõe o Sistema. “Conto com todos para atender os compromissos de campanha e os desejos dos profissionais, como a criação da carreira de Estado e a valorização de nossas geociências e o nosso capital humano”, conclamou o presidente do Confea.
Sobre a situação das empresas estatais, Krüger mostrou-se preocupado. “Não se pode assistir passivamente ao desmonte de empresas como Petrobras, Itaipu, Embrapa e Eletrobras, que correm sério risco de privatização. Essas empresas precisam ser valorizadas porque são responsáveis por aplicação de conhecimento, capitais tecnológico e humano”.
Joel ainda defendeu a reciprocidade com outros países, no caso da vinda de profissionais estrangeiros. “Nosso Conselho é dos profissionais e das empresas”, afirmou, antes de esclarecer que serão bem-vindos os engenheiros que venham de países que oferecem reciprocidade.
Lideranças empresariais como o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, presente à cerimônia, também ouviu pretensões de Krüger para aproximar o Confea do setor empresarial.
A defesa do salário mínimo profissional, que “deve sair do discurso e ser mais eficaz” e o “exercício ético das atividades profissionais” também foram destacados pelo presidente do Confea, que criticou a Lei de Licitações – na modalidade pregão para serviços que dependam de conhecimento teórico –, e a criação indiscriminada de cursos. Ao falar da defesa de leis e projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional e que sejam de interesse da área tecnológica, disse acreditar que “a atuação do Sistema precisa ser mais efetiva”.
Antes de encerrar e ser ovacionado pelas 800 pessoas presentes, Joel Krüger afirmou que “ao final de cada dia, quero chegar em casa, olhar nos olhos dos meus filhos e dizer que fiz o melhor, o que foi possível, me mantive ético, transparente e sério para as mudanças de que o Sistema e o Brasil necessitam. Estamos aqui a serviço dos profissionais, mas principalmente a serviço do Brasil”.
O VII Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua prossegue até a próxima sexta-feira (23), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, e reúne cerca de 800 profissionais de todo o país, entre eles, representantes dos fóruns consultivos do Sistema.
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Fonte e fotos: Confea