Por uma engenharia sem machismo, mulheres organizam campanha

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por Camila Marins

Em mais uma edição da campanha “SOEA Sem Machismo”, homens e mulheres se reuniram em prol de uma luta pelo fim das opressões com adesivos e cartazes. Idealizadora da campanha, a diretora Giucélia Figueiredo contou sobre sua experiência na Paraíba: “Quando fui Secretária de Políticas para Mulheres em João Pessoa, fizemos a campanha ‘Jampa Sem Machismo’ nas praias e na rua. Foi o maior sucesso e dialoga com homens e mulheres”. Imediatamente, a diretora da mulher da Fisenge, Simone Baía, abraçou a ideia e formulou ações para dar visibilidade à causa na SOEA. “Estamos em um dos maiores eventos de engenharia do país e pautar o machismo é fundamental, principalmente em uma categoria cuja maioria ainda é de homens. A comunicação tem esse papel pedagógico de promover o combate ao machismo por meio de uma campanha dialógica e bonita”, disse Simone. Além de adesivos “SOEA Sem Machismo”, a campanha contou com cartazes pela ocupação das mulheres nos espaços de poder nas entidades, na política, nos sindicatos, conselhos e associações.

O presidente do Confea, Joel Krüger, destacou a importância da campanha para difundir o respeito às mulheres no meio profissional e na sociedade. “Soea sem machismo é fundamental para igualdade, equilíbrio e uma relação sadia no meio profissional. No Confea, temos um calendário de ações com mulheres, fizemos um painel para discutir o espaço das mulheres e também divulgar a mulher engenheira, para que tenhamos cada vez mais mulheres trabalhando na engenharia e que possam estar em todas as posições nos Creas e no Confea”, incentivou Joel.

O engenheiro civil e presidente do Crea-PR, Ricardo Rocha de Oliveira, destacou que a entidade possui um Comitê de Gênero. “Temos estudado vários incentivos, diagnosticando problemas e verificando empresas e cooperativas com pouca participação de mulheres. Temos feito esse levantamento e palestras para mudar essa realidade”, ilustrou. O engenheiro agrônomo e presidente do Sindicato dos Engenheiros Agrônomos no Estado no Rio Grande do Norte (SEA-RN), Joseraldo do Vale, ressaltou que esta é uma campanha de mão dupla. “É um despertar para homens abrirem espaço para mulheres e elas terem o despertar para o movimento e assumir papel político nas entidades”, pontuou.

O engenheiro agrônomo, expresidente da Fisenge e presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), Carlos Roberto Bittencourt, alertou sobre o baixo percentual de mulheres na categoria e nas direções das entidades. “Embora tenhamos esforço de incluir mulheres nas direções, ainda é baixa a ocupação dos espaços. Temos que nos posicionais e levar para nossos colegas de profissão para não incentivar o machismo dentro da engenharia e na sociedade”, concluiu.

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Eloísa Moraes, Joel Kruger e Simone Baía.                                      

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Giucélia Figueiredo e engenheiras de Maceió.

 

 

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Clovis Nascimento                    

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Joseraldo Medeiros Do Vale