Negociações com a CPRM avançam em seis cláusulas

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Em 27 de setembro, foi realizada a quinta rodada de negociação para discussão do ACT 2021-2022 da CPRM. Na ocasião, a Intersindical manifestou preocupação com o fato de que ainda não recebeu da CPRM uma contraproposta integral à pauta de reivindicações, que contemple os acordos já estabelecidos em mesa e as questões pendentes de discussão/decisão. 

A CPRM fez então um apanhado das cinco rodadas já realizadas, resumindo sua contraproposta final, a ser encaminhada aos sindicatos posteriormente:

a) Início das negociações com 43 cláusulas já consensuadas na partida.

b) Avanço em mais 6 cláusulas não econômicas, após as primeiras rodadas de negociação:

  • Jornada de trabalho/horário de trabalho/ horas extraordinárias: acordo parcial com a pauta, com mudança na alínea f, que trata de empréstimos de equipamentos no regime de teletrabalho.
  • Estabilidade da gestante: acordo integral com a pauta de reivindicações.
  • Readaptação funcional: acordo integral com a pauta de reivindicações.
  • Treinamento e aperfeiçoamento de pessoal: acordo parcial com a pauta, com inserção de representantes dos empregados na Câmara Técnica apenas como observadores e sem aumento do número de dias de liberação de profissionais para participação em cursos e eventos de qualificação.
  • Apoio logístico: acordo parcial com a pauta, com aceitação de equipe de campo composta por no mínimo duas pessoas.
  • Assistência médica: acordo parcial com a pauta, com a manutenção do benefício para mães dependentes, permitida a inclusão de novas.
  • Contribuição assistencial: acordo com a manutenção do texto do ACT vigente; recuo, portanto, na tentativa de interferir na relação entre sindicatos e trabalhadores.

c) Rejeição de todas as demais cláusulas da pauta, tais como: teletrabalho, folga compensatória de campo, estabilidade dos dirigentes, proteção contra demissão sem justa causa, comissões técnicas temáticas, incentivo à educação continuada. Para essas, a proposta da empresa é a manutenção da redação do ACT vigente. 

d) Reajuste zero de salários e benefícios! A empresa insiste em usar a Lei Complementar 173/2020 como justificativa para isso.

Os sindicatos lamentaram não ter havido qualquer avanço nas cláusulas econômicas, bem como naquelas relativas à folga compensatória de campo e a treinamento e aperfeiçoamento de pessoal. Lembraram, ainda, que a empresa havia se comprometido a buscar meios de rediscutir os dois assuntos, ainda que não no âmbito do ACT, sem que tenha havido qualquer proposta a esse respeito. A empresa novamente comprometeu-se a continuar estudando os dois assuntos em mesa de negociação permanente, mas sem manifestar consenso, de imediato, com as propostas constantes da pauta.

Além disso, a Intersindical reforçou o pedido de ser informada sobre os estudos a respeito da reestruturação da empresa e do retorno ao trabalho presencial, manifestando preocupação com a segurança dos trabalhadores. Fez longo debate reforçando que o prazo previsto para o retorno ao trabalho presencial não é, de modo algum, suficiente para a garantia dessa segurança.

Por fim, a Intersindical solicitou o agendamento de uma nova rodada. A reunião foi marcada para o dia 06 de outubro, às 14h30.  

 

 

Fonte: Senge-RJ