Na Colômbia, diretora da Fisenge participa de 5ª Conferência Regional de Mulheres da Uni Américas

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on email

“Vamos junt@s, companheir@s! Com o seu querer e a minha vontade”. Este é o tema da 5ª Conferência Regional de Mulheres da UNI Américas realizada, nos dias 5 e 6/12, em Medellín, na Colômbias. Participam dirigentes de entidades sindicais de vários países das Américas. Na delegação brasileira, a engenheira química Simone Baía representa a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), onde exerce mandato como diretora da mulher. Na tarde do dia 5/12, Simone defendeu a aprovação de uma moção de combate à violência de gênero. “Faço parte de uma federação cuja base tem maioria de homens e temos feito trabalho sistemático de combate à violência de gênero. É fundamental que todas as entidades de classe se engajem, porque direitos trabalhistas são direitos humanos”, iniciou Simone que também destacou que o número de mulheres negras assassinadas aumentou 54% em 10 anos.
De acordo com Simone, é preciso localizar gênero e raça nas disputas do mundo do trabalho e enfrentar pautas ditas de “minoria”. “Precisamos ter a compreensão de que essas pautas não são apenas de mulheres, e sim de toda a sociedade baseada por princípios de direitos humanos”, afirmou.

Simone também lembrou da situação de vulnerabilidade de crianças e adolescentes. “O Ipea [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada] mostra que 89% das vítimas são pessoas do sexo feminino e com baixa escolaridade, sendo do total 70% crianças e adolescentes. Este é um cenário alarmante que atravessa a vida de muitas meninas”, alertou.

A engenheira ainda fez a relação entre a violência do mundo do trabalho e a violência de gênero. “Geralmente, estas violências são manifestadas na disputa capital e trabalho por melhores salários e distribuição de renda, assim como na garantia de condições de trabalho e bem-estar social. Assédio moral, violação da licença-maternidade e acúmulo de jornada e demais questões do trabalho também são violências de gênero”, concluiu Simone.