A mesa de abertura do SIIA foi formada pelos representantes das entidades que representam a Engenharia
As implicações positivas e negativas da inteligência artificial no mundo do trabalho foram discutidas por engenheiros, acadêmicos do Brasil e de países europeus e membros das instituições que representam a engenharia, nos dias 10 e 11 de julho, durante o “Seminário Internacional de Inteligência Artificial (SIIA) e suas implicações no mundo do trabalho”, que aconteceu na sede do Crea-MG.
O Seminário foi realizado pelo Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG). Para o presidente da entidade, Raul Otávio da Silva Pereira, a iniciativa tem como objetivo debater essa “nova realidade que se apresenta no mundo do trabalho”. Raul fez um comparativo entre a primeira e a quarta revolução industrial. “ A primeira e a quarta revolução industrial têm características destrutivas do aspecto da mão de obra. Surgem novas tecnologias que até então não existiam. No caso da indústria 4.0, o aprimoramento de uma tecnologia, de uma forma de comunicação que já existia, mas que passa a existir de uma forma bem mais rápida, bem mais forte”, constata.
O engenheiro e vice-presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Ubiratan Félix destacou a possibilidade de as inovações tecnológicas aprofundarem as desigualdades sociais. “ Precisamos defender um conjunto de pressupostos éticos associados à igualdade social e a garantia de direitos. Uma das propostas seria a diminuição da carga horária sem diminuição salarial para garantir tempo de estudo”.
O presidente do Senge-MG, Raul Otávio da Silva Pereira
O presidente do Crea-MG, Lúcio Fernando Borges, reconheceu a grande evolução da Inteligência Artificial e reconheceu o SIIA como uma oportunidade de aprendizado. O chefe de gabinete da presidência do Conselho Federal de Engenharia e Agronomina (Confea), Luiz Antônio Rossafa, disse que o tema será pauta do Congresso Nacional que será realizado pelo Confea em setembro, em Palmas. “Discutir essas questões tecnológicas para gerar diretrizes de políticas públicas e dar conta de um cenário, digamos assim, pouco amistosos par ao enfrentamento da engenharia nacional”.
O Suíço Alex Hogback, da UNI Global Union, disse que é importante falar do que é a Inteligência Artificial, mas também é importante falar do que ela não é, quebra mitos e falar de seus desafios.
O robozinho R2D2 foi atração do SIIA
A cobra robô e o mini-robô também foram atrações
A impressora 3D também foi atração
Texto e fotos: Carol Diamante
Fonte: Senge-MG