Aconteceu, entre os dias 6 e 7/11, o 3º módulo da oficina de formação promovida pelo Coletivo de Mulheres. Ministrado pela socióloga Maysa Garcia e pela professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Márcia Leite, este último módulo tratou sobre o tema “Equilíbrio entre trabalho e família”.
O secretário-geral da Fisenge, Fernando Jogaib, abriu o encontro saudando o Coletivo de Mulheres e as demais lideranças presentes. “Essa oficina é importante, pois reafirma que esta luta é de homens e mulheres dispostos a combater as desigualdades”, disse Jogaib. A diretora da mulher da Fisenge, Simone Baía, explicou que o objetivo dos módulos além de formar lideranças sindicais femininas, também é de sensibilizar homens no debate de gênero. “Este último módulo demonstrou tudo aquilo que precisamos aprofundar ainda mais sobre o espaço privado, o mercado de trabalho e o papel do Estado. Além de descontruir valores socialmente estabelecidos, é preciso uma tríade equilibrada em todos os campos, pois a mulher, na prática, acumula jornadas duplas (e até triplas) de trabalho”, pontuou Simone.
Atualmente, 49,7% das mulheres brasileiras em idade ativa participam do mercado de trabalho, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Temos instaurada uma lógica de que mulher significa prejuízo para o mercado de trabalho, mas esse pensamento advém de uma cultura patriarcal. Na Suécia, por exemplo, existe uma política de licença parental de um ano, em que a família pode decidir e dividir os períodos”, pontuou Maysa.
Coletivo de Mulheres realiza último módulo de oficina |