Após meses de tratativas, reunião com a CPRM decepciona

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No dia 28 de março, após muita insistência dos sindicatos e, finalmente, concordância da empresa, foi realizada a décima rodada de negociação do ACT 2021-2022 da CPRM. A última rodada havia sido realizada no dia 10 de fevereiro. De lá para cá, a empresa não quis se reunir, à espera de algum novo posicionamento da Sest sobre as cláusulas econômicas. Infelizmente, nada de concreto foi trazido pela CPRM, especialmente no que diz respeito às cláusulas que até hoje impedem o fechamento do ACT: cláusulas econômicas, folgas compensatórias, treinamento e incentivo à educação continuada.

Abaixo, um resumo do posicionamento da empresa, na reunião de hoje, sobre cada uma delas.

a) Cláusulas econômicas: a empresa está fazendo um estudo atuário para apresentar aos(às) trabalhadores(as) e à Sest, que mensura o impacto dos salários e dos benefícios na CPRM. Não há, por ora, qualquer nova proposta a ser discutida.

b) Folga compensatória de campo: a CPRM contratará uma consultoria especializada para análise da situação atual, elaboração de benchmarking com outras empresas e proposição eventual de regra alternativa. Novamente, não há qualquer proposta da empresa sobre o assunto, depois de 10 meses de negociação.

c) Treinamento: a empresa propõe retirar o item do ACT, mas se compromete a tratar do assunto (com formalização em ata) em normativos internos, sem especificar os termos desse compromisso.

d) Incentivo à educação continuada: a empresa se propõe a tratar do assunto oportunamente, no âmbito da discussão do Plano de Cargos e Salários.

Resumindo, depois de meses de negociação e enorme dificuldade para agendamento desta reunião, a empresa não apresentou qualquer nova proposta efetiva, em total desrespeito aos(às) trabalhadores(as) e à mesa de negociação! Os sindicatos lamentaram profundamente essa postura. Além disso, manifestaram enorme estranhamento com a elaboração do estudo atuarial (que a empresa alega ser uma obrigação imposta pela Sest), mas ressaltaram que esperam que esse estudo mensure as perdas salariais dos(as) empregados(as) da CPRM desde 2010 e proponha sua reposição integral.

Não havendo mais nada a ser tratado, os sindicatos solicitaram a marcação de uma nova reunião, quando esperam que a empresa apresente os resultados desses estudos, que podiam ter sido realizados há quase um ano, e uma proposta digna dos(as) trabalhadores(as) da CPRM.

A empresa fará contato até o próximo dia 4, com nova indicação de data.

 

 

Senge RJ

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