O diretor do Senge-MG, Fernando Queiroz, participou, na Assembleia Legislativa de Minas Geriais, (ALMG), do Encontro de Comissão Especial da Câmara de Deputados que analisou o projeto federal 9.463/18 que permite a privatização da Eletrobras. Fernando Queiroz alega que por trás da intenção de privatizar o que se deseja é extinguir a participação do povo nas empresas do sistema Eletrobras, que é uma inesgotável fonte de recursos. Segundo ele, a privatização vai trazer imenso prejuízo para a população e para o Brasil. “O Estado brasileiro está prestes a entregar ativos em energia que são marcos geográficos importantíssimos para o país, num processo açodado que não considera a complexidade das questões técnicas envolvidas. Existem indefinições regulatórias importantes a serem analisadas que podem colocar em colapso o abastecimento de populações inteiras no médio prazo.”
Encontro de Comissão Especial da Câmara de Deputados analisou o projeto federal 9.463/18
Para deputados, venda da Eletrobras é suspeita e prejudicial
Assembleia abrigou encontro de Comissão Especial da Câmara de Deputados que analisa privatização da empresa de energia.
fonte: ALMG
O Brasil se prepara para vender uma das cinco maiores geradoras hidrelétricas do mundo, em capacidade instalada, por um preço muito menor que seu patrimônio, em um negócio que pode encarecer muito as contas de energia elétrica da população. O alerta foi feito durante reunião realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta segunda-feira (7/5/18), pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o Projeto de Lei (PL) federal 9.463/18, que permite a privatização da Eletrobras.
Participaram do evento parlamentares federais e estaduais que se opõem à privatização, especialistas do setor, sindicalistas e representantes de movimentos sociais. Os parlamentares alertaram que, mesmo nos Estados Unidos, país que é símbolo do capitalismo mundial, o setor de energia hidrelétrica permanece sob controle do Estado, uma vez que a energia é um bem essencial para a vida moderna e estratégico para o desenvolvimento de qualquer nação.
O preço mínimo que foi divulgado para a privatização da Eletrobras, de R$ 12 bilhões, lança também graves suspeitas sobre a questão, uma vez que a empresa tem R$ 170,5 bilhões em ativos. Essa questão chamou até mesmo a atenção do Tribunal de Contas da União (TCU), que em fevereiro deste ano começou a analisar a proposta de venda da estatal.
O Brasil se prepara para vender uma das cinco maiores geradoras hidrelétricas do mundo, em capacidade instalada, por um preço muito menor que seu patrimônio, em um negócio que pode encarecer muito as contas de energia elétrica da população. O alerta foi feito durante reunião realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta segunda-feira (7/5/18), pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o Projeto de Lei (PL) federal 9.463/18, que permite a privatização da Eletrobras.
Participaram do evento parlamentares federais e estaduais que se opõem à privatização, especialistas do setor, sindicalistas e representantes de movimentos sociais. Os parlamentares alertaram que, mesmo nos Estados Unidos, país que é símbolo do capitalismo mundial, o setor de energia hidrelétrica permanece sob controle do Estado, uma vez que a energia é um bem essencial para a vida moderna e estratégico para o desenvolvimento de qualquer nação.
O preço mínimo que foi divulgado para a privatização da Eletrobras, de R$ 12 bilhões, lança também graves suspeitas sobre a questão, uma vez que a empresa tem R$ 170,5 bilhões em ativos. Essa questão chamou até mesmo a atenção do Tribunal de Contas da União (TCU), que em fevereiro deste ano começou a analisar a proposta de venda da estatal.
A advertência com relação ao encarecimento das contas de energia foi endossada com ênfase pelo ex-ministro de Minas e Energia, Nelson José Hubner Moreira, que realizou uma apresentação. “A Eletrobras é fundamental para garantir a competição em leilões de expansão do setor elétrico”, afirmou Hubner. Ele estimou que essa participação já gerou uma economia de mais de R$ 100 bilhões para o País, em tarifas mais baratas. “A Eletrobras impõe o preço que quiser e nem precisa do sistema todo, bastam quatro ou cinco usinas”, afirmou o ex-ministro.
Ele explicou que, mesmo nos Estados Unidos, 73% da produção hidrelétrica está nas mãos do setor público e que não faz sentido vender para o setor privado usinas antigas, já amortizadas, que produzem energia a um custo muito baixo, uma vez que não são necessários grandes investimentos para manutenção.
Números – Victor Costa, diretor da Associação dos Empregados de Furnas, apresentou números que retratam o tamanho do patrimônio representado pela Eletrobras que, segundo ele, é a 16ª maior empresa de energia do mundo. Ela detém 31% da capacidade de geração do Brasil: 47 gigawatts instalados em 239 usinas; 47% do sistema de transmissão, com 70,2 mil quilômetros de linhas; e uma rede de distribuição de 258 mil quilômetros, atendendo 4,3 milhões de clientes.
O secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores em Minas (CUT-MG), Jairo Nogueira Filho, alertou que a privatização da Eletrobras, que é a maior empresa do setor no Brasil, tornaria quase certa a venda da Cemig e de todo o sistema elétrico, dentro de pouco tempo.
O deputado federal Patrus Ananias disse acreditar que será possível deter o processo de privatização, mas ressalvou que é necessária a mobilização popular contra essa proposta. Reforçando essa convocação, Pablo Andrade Dias, da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), fez um convite à participação na agenda de debates organizada pela Frente Brasil Popular, que acontecerá em Belo Horizonte, no mês de julho, culminando em um encontro nacional no Rio de Janeiro, em agosto.
FONTE: SENGE MG