Hoje, 22 de março, é o Dia Mundial da Água!
A data serve de alerta global para o uso responsável dos recursos hídricos: segundo a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) mais de 700 milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água limpa e segura. No Brasil, de acordo com o Ministério das Cidades, enquanto 93% da população em áreas urbanas possui redes de água – número que estagnou em 2014, último ano analisado -, apenas 57,6% possui redes de esgoto. Falar de acesso a água é também falar em saneamento básico, inclusive para a população rural.
Importante também é relacionar a água, vital à sobrevivência de todos os seres vivos, a outros fatores da nossa sociedade, como o emprego. Este foi o tema da edição 2016 do Relatório Mundial das Nações Unidas para o Desenvolvimento de Recursos Hídricos, produzido pela Unesco. Segundo a organização, 78% dos empregos no mundo são dependentes de recursos hídricos. “Nós temos algo em torno de 1,5 bilhão de pessoas no mundo que ainda têm problemas de acesso à água, seja em quantidade ou em qualidade. Isso afeta o emprego delas também”, disse o coordenador do setor de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Ary Mergulhão, à Agência Brasil.
Segundo o relatório, investimentos em saneamento e em água potável de qualidade fomentam o crescimento econômico, com altos índices de retorno. A Unesco destaca as questões de direitos humanos, economia verde, desenvolvimento sustentável e gênero, a serem consideradas pelos gestores de políticas públicas ao tratar das relações entre recursos hídricos e trabalho. “Anualmente, 2,3 milhões de mortes são relacionadas ao trabalho. Doenças contagiosas ligadas ao trabalho contribuem para 17% dessas mortes e, nessa categoria, os principais fatores para a proliferação dessas doenças, mas que podem ser evitados, são água potável de baixa qualidade, saneamento inadequado, falta de higiene e falta de conhecimento”. O estudo aponta ainda que cerca de 2 bilhões de pessoas necessitam de acesso a melhor saneamento, com as meninas e as mulheres em situação ainda mais precária.
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(Com informações da Agência Brasil, Unesco e Ministério das Cidades)
(Foto original: Arquivo/Agência Brasil)