A direção do Senge-MG se reuniu, no dia 18/01, com a Cemig, em mais um passo para colocar a pratos limpos o afastamento intempestivo de engenheiros de um de seus setores.
Os representantes da empresa deram a garantia de informar, ainda esta semana, sobre as motivações da medida. Para isso enviará comunicação, via AR, para as residências dos mesmos. A ver.
O Sindicato, em nova reunião com os profissionais na tarde do dia 18/1, relatou o teor da conversa, oportunidade em que os profissionais fizeram questão de registrar que no dia 08/01 os representantes da Cemig haviam dito que receberiam um comunicado sobre a motivação dos afastamentos, dia 11/01. Ou seja, dez dias depois, foi repetida a mesma promessa.
A grande novidade na reunião foi que a empresa contratará uma comissão externa para condução do procedimento administrativo e apuração dos fatos que levaram à destituição e afastamento dos profissionais em questão.
A decisão, que parece não ter exemplo na história da Cemig, é um ato de ofensa a todas e todos trabalhadores da Cemig, uma vez que o Senge-MG entende que tal procedimento deveria ser conduzido pela Comissão de ética devidamente constituída para essa finalidade. Agora, oficialmente, e sem exceção, os profissionais da empresa receberam um voto de desconfiança de sua atual direção.
O grave no caso é que, até onde sabemos, diz a regra mais elementar que, primeiro devem ser acionados os órgãos de controle interno. Só depois que vem a segunda instância, que são os órgãos de controle externo, todos à luz da legislação estadual a respeito das estatais sob seu controle. Pelo visto, a Cemig quer queimar etapas e sobrepor a legislação privada à pública. Não passarão.
Os profissionais afastados fazem questão de dizer que não temem um processo administrativo interno, e claro, os externos definidos em lei. Não por certeza de que são serão beneficiados, mas por saberem que a transparência e a ética prevalecerão.
O Senge-MG aguardará até quinta-feira para saber se os profissionais receberam a comunicação a que têm direito. E reitera o apoio na busca de informações que lhes garantam o contraditório e a ampla defesa. O que eles querem, enfim, é a garantia do devido processo legal. E o Senge-MG está com eles nessa caminhada.
Belo Horizonte, 19 de janeiro de 2021