5 profissionais que marcaram a história da engenharia brasileira

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O projeto SOS Brasil Soberano compilou informações sobre a história de 5 profissionais que marcaram a engenharia brasileira. Confira abaixo.

Enedina Alves Marques
Curitiba (PR), 1913-1981


  • A primeira engenheira negra brasileira.
  • Formada em Engenharia Civil pela Universidade do Paraná.
  • Antes, foi doméstica, normalista e professora.
  • Como engenheira, trabalhou na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas e Plano Hidrelétrico do Paraná
  • A hidroelétrica Capivari-Cachoeira está entre seus maiores feitos, mas talvez o maior desafio tenha sido superar as barreiras raciais e sociais da sua época.

Teodoro Sampaio
Santo Amaro (BA), 1855-1937

Foto: WikiPedia

  • Foi engenheiro civil, geólogo, geógrafo, historiador, político, cartógrafo, urbanista.
  • Filho de uma mulher escravizada, foi um dos maiores pensadores brasileiros de seu tempo.
  • Engenheiro por profissão, escreveu uma bibliografia consistente sobre geografia e história.
  • Ajudou a fundar o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, em 1894, e a Escola Politécnica da USP, em 1930.
  • Em 1879, fez parte da Comissão Hidráulica do Império. Projetou os melhoramentos do Porto de Santos.
  • Em 1883, foi nomeado primeiro engenheiro da Comissão de Melhoramentos do Rio São Francisco e, em 1898, diretor e engenheiro-chefe do Saneamento do Estado de São Paulo, cargo no qual permaneceu até 1903.

André Rebouças
Cachoeira (BA), 1838-1898

Foto: Rodolfo Bernardelli – scan de O Museu Histórico Nacional, série Museus Brasileiros, edição Banco Safra

  • Tornou-se o primeiro engenheiro negro a se formar pela Escola Central do Exército em 1860, no Rio.
  • Na então capital do Império, ganhou destaque por resolver o problema de abastecimento de água, trazendo-a de mananciais de fora da cidade.
  • Abolicionista, foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.
  • Projetou a ferrovia Curitiba-Paranaguá, junto com seu irmão Antonio Rebouças.
  • Com a República, deixou o país com a família imperial. Trabalhou em Lisboa como correspondente do jornal inglês The Times, até 1891. E atuou também em Luanda, Angola, até se fixar na Ilha da Madeira, onde viveu até o fim dos seus dias.

Bernardo Sayão Carvalho Araújo
Rio de Janeiro, 1901-1959


Foto: Arquivo Público do Distrito Federal

  • Engenheiro agrônomo formado em 1923 na Escola Superior de Agronomia e Medicina Veterinária de Belo Horizonte, teve como principal projeto o desenvolvimento da região central do Brasil.
  • Fundou a “CANG” Colônia Agrícola Nacional de Goiás, na Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas, dando origem à cidade de Ceres.
  • Em razão do bem-sucedido trabalho lá realizado, em 1954, foi eleito vice-governador de Goiás, chegando a governar o estado interinamente por um mês e meio, entre 31 de janeiro e 12 de março de 1955
  • Apelidado por Juscelino Kubitschek como “bandeirante do século XX”, liderou o projeto de construção de Brasília.
  • Designado para construir o trecho norte da estrada Belém-Brasília (Transbrasiliana), faleceu em serviço em 1959

Rex Nazaré Alves
Rio de Janeiro (RJ), 1938

Foto: João Luiz Ribeiro/Finep

  • Conduziu o Programa Nuclear Paralelo, projeto de um submarino por propulsão nuclear – não concluído –, que foi um esforço nos anos 70 e 80 de obter domínio e autonomia nacional sobre o ciclo completo do combustível nuclear.
  • Condecorado várias vezes, é físico, especialista em Engenharia Nuclear pelo Instituto Militar de Engenharia, e doutor em Física pela Universidade de Paris (Sorbonne).
  • Foi professor no mestrado em Engenharia Nuclear do IME, ECME, Coppe e Engenharia da UFRJ.
  • Atuou, entre outros cargos, como presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, membro do Conselho de Administração da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM, chefe do Departamento de Tecnologia da ABIN e como Assessor Especial do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
  • Também foi diretor de Tecnologia da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ e membro da Comissão Deliberativa da CNEN.

Pesquisa e fonte: SOS Brasil Soberano