O Brasil comemora nesta sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012, os 80 anos do direito das mulheres votarem. A conquista foi assegurada pelo Decreto nº 21.076, de 24/02/1932, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Mas o caminho até aí não foi fácil.
A luta pelos direitos políticos das mulheres começou ainda no século XVIII, durante a Revolução Francesa. Por aqui, uma líder de importância fundamental doi Bertha Maria Julia Lutz, umas principais responsáveis pela organização do movimento sufragista no Brasil. Em 1919, ajudou a criar a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, criada em 1922.
Vale lembrar que mesmo com a conquista, o número de mulheres eleitas para o Congresso Nacional ainda é muito baixo. Somente com o processo de redemocratização, da Nova República, este quadro começou a melhorar. Foram eleitas 26 deputadas federais em 1986, 32 em 1994, 42 em 2002 e 45 deputadas em 2006 e 2010. Mas este número representa apenas 9% dos 513 deputados da Câmara Federal. No ranking internacional da Inter-Parliamentary Union (IPU), o Brasil se encontra atualmente no 142º lugar. Em todo o continente americano, o Brasil perde na participação feminina no Parlamento para quase todos os países, empata com o Panamá e está à frente apenas do Haiti e Belize. No mundo, o Brasil perde até para países como Iraque e Afeganistão.
Nas eleições de 2010, a grande novidade foi a eleição da primeira mulher para a chefia da República. Neste aspecto, o Brasil deu um grande salto na igualdade de gênero, sendo uns dos 20 países do mundo que possui mulher na chefia do Poder Executivo. Com a alternância de gênero no Palácio do Planalto, o número de ministras cresceu e aumentou a presença de mulheres na presidência de empresas e órgãos públicos, como no IBGE e na Petrobrás.
Parabéns às mulheres e que elas não tenham que esperar mais 80 anos para atingir a igualdade plena na participação política e na sociedade.
Fonte: Advivo