Um grito contra a privatização da Vale

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Sob o lema “Isto não vale! Queremos participação no destino da nação”, a 13ª edição do Grito dos Excluídos no Brasil será realizada em diversas cidades do país, no próximo dia sete de setembro. O foco da mobilização será a anulação do leilão da Companhia Vale do Rio Doce, unindo forças com o plebiscito popular organizado pela campanha “A Vale é Nossa” (www.avaleenossa.org.br).

O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular continental que visa denunciar todas as situações de exclusão e apontar possíveis saídas e alternativas. No Brasil, a mobilização é realizada no dia sete de setembro, enquanto no resto da América as manifestações acontecem em 12 de outubro. Saiba mais na página oficial do Grito: http://gritodosexcluidos.com.br.

No Rio de Janeiro, a manifestação do Grito será realizada no Aterro do Flamengo, na altura do Museu da República, a partir das 9h. Veja a programação nos demais estados: http://www.gritodosexcluidos.com.br/gritoBrasil/grBr43/ecosGrito60.pdf

Leia a seguir o projeto político do Grito dos Excluídos 2007:

OBJETIVOS GERAIS:

– Denunciar todas as formas de exclusão e as causas profundas que levam o povo a viver em condições de vida precárias e muitas vezes sem perspectivas de futuro;

– Desmascarar a atual política econômica dependente que privilegia o capital financeiro, o pagamento da dívida e o superávit primário;

– Construir alternativas dos/as excluídos/as que tragam esperanças e perspectivas de vida para o povo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

– Lutar por uma política econômica que respeite os direitos políticos, sociais, culturais e ambientais do povo brasileiro.

– Apoiar todas as formas de luta contra as Dívidas e o imperialismo, como os Tratados de livre comércio e a militarização.

– Construir relações de gênero, raça/etnia, que respeite a igualdade de direitos, a reciprocidade, a pluralidade, e valorize as diferenças.

– Ser um espaço que possibilite fazer ouvir os Gritos do dia a dia do povo, em defesa da dignidade da vida.

– Lutar em defesa da Amazônia e dos demais biomas, do solo, das águas e do Rio São Francisco, porque a natureza não suporta este padrão de consumo.

EIXOS:

Democracia Direta e Participativa – A verdadeira democracia abre possibilidades em todas as dimensões da vida do povo. Além de votar, queremos participar também das decisões econômicas e poder decidir sobre o que fazer dos bens e recursos do nosso país.

Controle Social – Já conquistamos alguns mecanismos para controle do Estado e demais instâncias públicas de poder. Entretanto, é preciso que aprendamos coletivamente como exercer o controle, como funciona o ciclo orçamentário e a quem são distribuídos os recursos públicos. Precisamos também, criar novos espaços de participação direta.

Soberania Nacional – A soberania acontece e se concretiza quando todo o povo vai se esclarecendo e compreendendo quais os rumos que o País deve tomar! Não temos soberania enquanto ficamos submissos ao capital financeiro internacional, gerando superávit primário altíssimo! Não temos soberania, enquanto não fazemos auditoria da dívida! Construímos soberania, quando fazemos trabalho de formação nas bases e nos organizamos para influir nas decisões nacionais.

Poder Popular – Nos últimos anos caminhamos construindo as bases para “O Brasil que queremos”. O modelo de desenvolvimento que está sendo realizado no País não é sustentável e não responde aos problemas enfrentados pela sociedade, precisamos nos organizar e garantir cidadania.

Ouvir os gritos – O povo fala e grita o tempo todo. É preciso estar sensível e atento, para continuar ouvindo os clamores do Povo! O trabalho de base é um compromisso fundamental! Não podemos fugir dele!

Mística, Esperança e Utopias – Precisamos alimentar as nossas esperanças, pois cremos na força e organização das/os Excluídas/os. Com o povo organizado queremos construir saídas viáveis para uma vida digna para todos/as e para uma nação livre e soberana! Esta é nossa utopia, que nos empurra para frente, mesmo quando as vitórias são pequenas! A memória histórica e os sonhos nos levam a abrir sempre novos caminhos!

Integração Regional – A América Latina está passando por um momento especial! Se, por um lado, as conquistas não são as esperadas, temos esperança que neste momento podemos dar passos concretos para uma integração regional baseada na solidariedade latino-americana e não na exploração de uma nação sobre a outra. A construção de um Projeto Popular para o Brasil sairá fortalecido também, se conseguirmos uma integração latino-americana, em outros moldes.

Comunicação – Este é um campo ainda pouco ocupado pela sociedade civil organizada. Precisamos lutar pela descentralização e pelo controle dos meios de comunicação social, exigindo que cumpram sua função social e estimulando a criação e o uso de mídias alternativas.

O QUE VALE:

– Democracia direta com a participação popular no destino da Nação;

– Economia a serviço da vida, humana e solidária, e que respeite o meio ambiente e a biodiversidade;

– Reforma Agrária com incentivo a agricultura familiar e a regularização fundiária das comunidades tradicionais, garantindo soberania alimentar para o País;

– Uma nova cultura do trabalho como fonte da realização da pessoa humana;

– Incentivo aos pequenos projetos hídricos como, por exemplo, as cisternas;

– Reforma urbana profunda que ofereça moradia digna para todos e todas;

– Valorizar o patrimônio cultural afirmando a importância da arte e da cultura popular nas suas diversas expressões;

– Valorização na relação de gênero e o respeito à diversidade.

O QUE NÃO VALE:

– A corrupção e o mau uso dos recursos públicos;

– Os grandes projetos hídricos que beneficiam as grandes empresas;

– A redução da idade penal;

– As reformas neoliberais que prejudicam e retiram direitos dos trabalhadores/as;

– A corrupção e a impunidade;

– A concentração de terra, renda e dos meios de comunicação;

– As privatizações, o pagamento da divida externa e a ALCA;

– A política econômica vigente no País.

– Exploração infantil e o trabalho escravo e o trafico de seres humanos.

– O fechamento de fronteiras para os migrantes.