Trabalhadores ocupam a Esplanada dos Ministérios, por um salário de R$ 420

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Milhares de trabalhadores ocuparam, na manhã do último dia 6, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A III Marcha Nacional pela Valorização do Salário Mínimo, organizada pela CUT e demais centrais sindicais, saiu do Estádio Mané Garrincha, por volta das 10 horas e seguiu para o Congresso Nacional, onde foi realizado um grande ato público, a partir do meio-dia.

Participaram da Marcha, cerca de 20 mil pessoas, incluindo militantes da Contag e do MST.

No site da entidade, o Presidente da CUT, Artur Henrique, afirmou que a manifestação superou as expectativas (eram esperadas 10 mil pessoas) e mostrou a importância da unidade das centrais sindicais em torno de uma reivindicação que beneficiará mais de 40 milhões de trabalhadores constituindo-se numa grande mobilização pelo desenvolvimento com distribuição de renda.

“Esta unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais é fundamental para que a gente consiga implementar as mudanças que o país necessita. Mas vamos ter que fazer muita pressão para garantir a continuidade deste processo que objetiva garantir melhores condições de vida para os trabalhadores”, afirmou.

A próxima rodada de negociação sobre as reivindicações da III Marcha do Salário Mínimo, entre dirigentes da CUT, demais centrais sindicais e o governo Lula será no dia 14 de dezembro, às 9 horas, em Brasília. Em debate, a fixação de uma política de valorização do mínimo, que comece pela instituição de um novo valor, R$ 420, em 2007; correção da tabela do imposto de renda em 7,77%; e redução da jornada de trabalho sem redução de salário.

A data da nova rodada foi definida, no dia 7 último, ao final do encontro entre dirigentes das centrais e ministros do Trabalho, Previdência, Fazenda e Planejamento, quando foi entregue a pauta de reivindicações da Marcha, dando início às negociações sobre os três itens.

Ainda de acordo com a CUT, novas mobilizações, como a do dia 6, ainda não estão previstas. |O importante foi que, com a Marcha, deflagrou o processo de negociação. Se, mais adiante, não houver avanço, ou se notarmos demora no envio de projeto de lei ou medida provisória sobre o salário mínimo ao Congresso Nacional, por exemplo, não está descartada nova mobilização|, afirmou O secretário-geral da CUT, Quintino Severo.