SOBERANIA ENERGÉTICA E NAÇÃO

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A sociedade brasileira se mobiliza e debate o estado democrático de direito, a democracia é imperativo para uma nação justa, fraterna e solidária, sem fome, com oportunidades e cidadania. A tentativa golpista de 8 de janeiro revela a nossa frágil experiência democrática e os desafios para nos constituirmos como nação soberana altiva contribuindo para um mundo justo e limpo, política e ecologicamente falando. Neste contexto temos que agir e mobilizar a sociedade para alertar nossa região Nordeste sobre os riscos e desafios resultantes da privatização do Sistema ELETROBRAS e, em particular, da CHESF, nossa Cia. Hidroelétrica do São Francisco.

A CHESF, essa grande empresa geradora de energia, se constituiu também, numa agencia de desenvolvimento regional que impactou profundamente a economia e promoveu desenvolvimento regional, avanços técnicos e científicos com nossas universidades, formou gerações de engenheiros e técnicos qualificados, incentivou a cultura, modernizou agricultura com apoio a sistemas de irrigação, uso múltiplos das águas de suas barragens, possibilitou a transposição das águas para o semiárido, atividades turísticas e programas sociais como o LUZ PARA TODOS promovendo progresso, inclusão social, oportunidade e cidadania finalizando a economia dos municípios e estados do Nordeste. A criminosa e suspeita privatização desta empresa provoca impactos graves em diversas áreas.

Promoverá elevação de tarifas e custos de energia, esvazia a CHESF ao transferir suas principais atividades para a sede da Eletrobras no Rio de Janeiro, destruindo a luta histórica que foi trazer sua sede para o Recife nos anos 70.

Desmonta planejamento energético, prejudica serviços de manutenção e operação com graves riscos de apagões e desabastecimento de carga. Prejudica indústria regional e política de irrigação por introduzir conflitos de interesses na gestão das barragens e vazão do S. Francisco. Afeta nossa segurança energética e riscos de sabotagens como vemos a partir de ações terroristas de grupos ligados ao governo Bolsonaro.

Também nas áreas de pesquisa e ciência, apoio a cultura regional teremos suprimidos recursos essenciais. Portanto, se faz urgente mobilizar toda sociedade, convocar parlamentares, governadores da região, movimentos sociais populares e democráticos, trabalhadores e setores empresariais que se alinhem com nossa soberania, com a democracia e a justiça social. Defesa do trabalho e de um projeto democrático soberano e justo de nação.

Por Fernando Ferro, engenheiro eletricista, chesfiano, ex-deputado federal e militante aguerrido em defesa da Chesf e do setor elétrico