Sintapi/CUT promove mobilização no Dia Nacional do Aposentado (24/1)

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Por Leonardo Severo, www.cut.org.br

 

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sintapi/CUT) comandou na manhã desta quinta-feira, 24 de janeiro, uma grande mobilização no centro da capital paulista em defesa da Seguridade Social, pela vinculação do reajuste dos benefícios ao salário mínimo e pelo fim do fator previdenciário.

 

Comemorando o Dia Nacional dos Aposentados, organizado conjuntamente pelo Sintapi/CUT, Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (Cobap), Federação dos Aposentados e Pensionistas do Estado de São Paulo e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), caravanas da capital e do interior se concentraram na Praça da República, de onde os manifestantes saíram em passeata até o prédio da gerência do INSS, no Viaduto Santa Ifigênia.

 

Apesar do desrespeito da Prefeitura Municipal, que se negou a acionar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para auxiliar na passeata e ainda ameaçou multar os organizadores em seis mil reais caso utilizassem um carro de som, tudo transcorreu bem. Em respeito às rugas e aos cabelos brancos, vários guardas da CET colaboraram, sinalizando, parando o trânsito ao longo do trajeto, enquanto as pessoas nas calçadas manifestavam sua solidariedade com as reivindicações.

 

Compareceram ao ato representações de cidades como São José dos Campos, Santo André, Osasco e Catanduva, e das mais diversas categorias como bancários, petroleiros, químicos e professores.

 

Com 72 anos, José Francisco de Santana, aposentado químico do ABC disse que “a pressão é para que haja uma recuperação dos benefícios, com respeito e valorização a quem construiu o país”. “Trabalhei com produtos químicos, calor e muito ruído. Contribuí durante anos com o valor máximo, com o teto de 10 salários mínimos, e agora recebo apenas 4,8. Estamos nas ruas para dizer que estamos vivos, na ativa, exigindo os nossos direitos”, acrescentou Santana, que atualmente mora em Mauá.

 

Para o presidente da CUT-SP, Edilson de Paula, a recuperação do poder aquisitivo dos aposentados e pensionistas é uma questão de justiça social. “Assim como as centrais conquistaram uma política de valorização do salário mínimo, temos que ampliar a pressão para dar perspectiva a milhões de brasileiros que necessitam de uma Previdência Social pública, eficiente e que garanta dignidade aos idosos”, ressaltou o dirigente cutista.

 

Na gerência regional do INSS, as entidades entregaram uma Pauta Unificada reivindicando com os seguintes itens: aplicar em todas as aposentadorias e pensões o mesmo índice de reajuste concedido ao salário mínimo; recuperar o poder de compra das aposentadorias e pensões a partir do corrente ano; antecipar o reajuste dos benefícios com o respectivo pagamento no mês de março de 2008; antecipar 50% do 13º das aposentadorias e pensões para o mês de julho; regulamentar e implementar imediatamente os direitos e garantias assegurados pelo Estatuto do Idoso; fim do fator previdenciário e cumprimento do fornecimento de remédios de uso contínuo. O documento foi assinado por Epitácio Luiz Epaminondas (Luizão), presidente do Sintapi/CUT; Benedito Marcílio, presidente da Cobap; Walerly Marins Gonçalves, presidente da Fapesp e Oswaldo Lourenço, do Sintapb-CGTB.

 

A gerente regional do INSS, Elizete Iwai, parabenizou os manifestantes pela luta e sublinhou o compromisso com a melhoria do atendimento e pelo reconhecimento dos benefícios que fizeram por merecer depois de uma vida de trabalho. Elizete citou a antecipação do pagamento dos benefícios de 8 milhões de aposentados e pensionistas – que recebem até um salário mínimo – que passaram a receber nos últimos dias úteis do mês, como exemplo do compromisso do governo com a valorização do segmento.

 

Em frente ao prédio do INSS, os manifestantes ergueram faixas e cartazes em homenagem aos 85 anos da Previdência brasileira e entoaram palavras de ordem saudando a unidade em defesa dos direitos e conquistas para os 25 milhões de aposentados e pensionistas do país.