A UNI GLOBAL UNION (Sindicato Global), entidade internacional que representa vigilantes e trabalhadores do setor de serviço, entregou nesta terça-feira (26) ao Governo Espanhol, em Madri, uma denúncia contra a empresa Prosegur, alegando uma serie de violações das Diretrizes da OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico para multinacionais na America Latina.
As Diretrizes da OCDE para empresas multinacionais estabelecem um quadro de normas mínimas para uma conduta empresarial responsável. Elas incluem padrões a serem atendidos palas empresas em termos de trabalho, direito humanos e procedimentos.
A denúncia foca em quatro países: Brasil, Colômbia, Peru e Paraguai, onde a empresa persegue sindicalistas, acordos coletivos comprados, assedio moral, demissão de trabalhadores por lutares por seus direitos e fazerem greves, desrespeitos, demissões e precariedade das condições de trabalho.
Exemplos deste quadro no Brasil não faltam: coletes vencidos em bancos, equipamentos precários (carros fortes, etc.), banco de horas, além da perseguição aos trabalhadores e sindicatos de luta, como no Espírito Santo, após 66 dias de greve.
No Paraguai são mais de 300 demitidos e perseguidos. Na Colômbia são dirigentes sindicais processados. No Peru são trabalhadores que lutam até pela limpeza do carro forte.
Já o tratamento na Espanha, França, Alemanha e outros países europeus é bem diferente. Até uma moderna academia de ginástica é disponibilizada para os trabalhadores na sede da empresa em Madri.
A UNI e os Sindicatos dos países da America Latina têm procurado resolver esses assuntos com a empresa. No entanto eles continuam alegando desconhecer o problemas ou cita como desculpa uma política de relações de trabalho onde “é cada um por si”.
Por isto os vigilantes brasileiros associam-se aos empregados da Prosegur nos 14 países onde a empresa está presente para exigir o fim das perseguições e condições precárias.
Salvador, Bahia, 26/11/2013
Sindvigilantes/BA
CNTV-PS
Fonte: CUT-NACIONAL