Sindicato dos Engenheiros de Sergipe completa 36 anos

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Hoje (22/1), o Sindicato dos Engenheiros de Sergipe (Senge-SE) completa 36 anos de fundação. Fundado em 1984 e reconhecido pelo Ministério do Trabalho como entidade sindical de 1° grau em 22 de janeiro de 1985, o sindicato luta pelos direitos trabalhistas e melhores condições para os profissionais. De acordo com o engenheiro eletricista e presidente do Senge-SE, Sergio Mauricio Mendonça Cardoso, este ano não foi possível realizar solenidade presencial devido à pandemia da Covid-19. “O sindicato continua atuando na defesa incondicional dos direitos da nossa categoria de engenheiros e engenheiras e de braços dados com a Fisenge [Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros] e com as entidades da sociedade civil que lutam pela democracia, pela justiça social e contra o autoritarismo e a discriminação”, afirmou.

Ao longo de sua história, o Sindicato dos Engenheiros de Sergipe protagonizou eventos importantes para o desenvolvimento do estado e em defesa da engenharia, dentre eles a greve dos trabalhadores da Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO), que foi liderada pelo então presidente do Sindicato, Eng. Ismael Silva, em 1987.

Segundo o engenheiro eletricista e o presidente da Fisenge, Roberto Freire, o Senge-SE surgiu com o processo de redemocratização do país e sempre esteve, desde então, no campo democrático de esquerda, com vários dos seus diretores despontando nas lutas travadas por direitos sociais e trabalhistas de Sergipe. “O Senge-SE também é fundador da Fisenge e teve participação ativa e decisiva em todas as nossas lutas e campanhas por melhores dias para os engenheiros, as engenheiras e a sociedade brasileira. Certamente, ainda teremos muitos anos de vida juntos nas lutas”, enfatizou Roberto Freire.

Dentre as ações mais recentes, Sérgio Mauricio também destacou a luta pelo cumprimento do Salário Mínimo Profissional (SMP) em acordo com o Crea-SE; a impugnação de editais de concurso em três prefeituras, em Itabaiana, Barra dos Coqueiros e Tobias Barreto e em diversas empresas que requisitaram registro no Crea-SE sem cumprir o SMP. Além disso, o sindicato investe em cursos de valorização profissional.

A engenheira civil, diretora de negociação coletiva do Senge-SE e primeira mulher vice-presidente da Fisenge, Elaine Santana, acredita que o maior desafio é a renovação do sindicato com engenheiros recém-formados. “Além de seguirmos nossa atuação firme nas negociações coletivas em defesa dos direitos dos engenheiros e das engenheiras, reuniremos esforços para dialogar com estudantes e recém-formados sobre a importância do sindicato. Tenho muito orgulho de fazer parte da história combativa do Senge-SE em defesa da engenharia, dos profissionais, da democracia e as soberania nacional”, disse.

Um avanço é a ampliação das mulheres no sindicato. Na diretoria, são 9 num total de 25 integrantes. Além disso, o Senge-SE foi um dos primeiros sindicatos filiados à Fisenge a instituir a Diretoria de Políticas para as Mulheres em seu estatuto, coordenada pela engenheira civil Iara Machado Peixoto.  

Foi em Sergipe que aconteceu – no Dia Internacional da Mulher, 8 de março – o lançamento da primeira tirinha das histórias em quadrinhos da Engenheira Eugênia, pelo Coletivo de Mulheres da Fisenge.

 

Texto: Camila Marins/Fisenge