Sindicalistas pedem ao TSE campanha contra assédio eleitoral em rádio e TV

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Com a explosão de denúncias contra patrões que estão praticando assedio eleitoral para o obrigar trabalhadores e trabalhadoras a votar em Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições presidências que serão realizadas no próximo domingo (30), dirigentes da CUT, UGT, Força Sindical, CTB, NCST e CBS pediram ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, que a Corte veicule propaganda em rádio e TV contra esse crime, previsto em lei.

O pedido foi feito por meio de uma carta, em que os dirigentes sindicais também pedem uma reunião com o presidente do TSE.

“Tendo em vista o número crescente de denúncias de assédio eleitoral – as formalizadas por meio da página da internet do Ministério Público do Trabalho já somam mais de mil e várias estão documentadas com vídeos – e a proximidade do 2º turno, é imprescindível uma ação contundente e urgente do TSE na defesa da liberdade de convicção política e do direito fundamental ao voto livre e secreto”, diz a carta das centrais.

Esse alerta já vem sendo feito há muitos dias pela CUT. O presidente nacional da Central, Sérgio Nobre, acredita que se as instituições competentes não agirem rapidamente, esse tipo de assédio pode comprometer o resultado das eleições

Explosão de denúncias

Já são 1.587 denúncias de assédio eleitoral feita contra 1250 empresas em todo o Brasil, segundo dados atualizados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) até às 19 horas da última terça-feira (25). Na última eleição em 2018, foram apenas 212 denúncias em 98 empresas. Veja abaixo como denunciar

A região Sudeste recebeu o maior número de denúncias: 617 em 540 empresas. A seguir vem:

Sul:  com 443 em 351 empresas;

Nordeste: 263 em 210 empresas; 

Centro-Oeste: 127 em 102 empresas;

Norte: 83 em 47 empresas

Liminar proíbe comércio de assediar trabalhadores

O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) expediu, na terça-feira (25), uma liminar contra a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) atendendo a uma ação civil pública da CUT, UGT e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT), que pede medidas contra o assédio eleitoral no comércio, para que seus trabalhadores votem em Bolsonaro. A medida vale para empresas e empresários do ramo do comércio, em todo o País, independentemente do endereço e porte.

O desembargador decidiu também que as empresas estão obrigadas a permitir que as entidades sindicais tenham livre acesso aos locais de trabalho, para esclarecimentos a respeito do direito ao voto livre.

 

Como denunciar

Somente o Portal da CUT desde que foi criado o seu canal já recebeu centenas de denúncias, que englobam padarias, frigoríficos e fazendas, entre outras empresas. Nenhuma delas se refere a coação para trabalhadores votarem no ex-presidente Lula (PT).

Para denunciar no Portal da CUT clique aqui

 

Além da CUT, as demais centrais criaram canais de denúncias que são encaminhadas ao Ministério Público do Trabalho. As denúncias também podem ser feitas anônimas e/ ou sigilosas no site do órgão.

Para denunciar no MPT clique aqui.

Para denunciar no canal das centrais sindicais clique aqui

 

Fonte: CUT

Foto: Divulgação/TSE