Senge-VR: CSN ignora acordo coletivo e altera plano de saúde

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Depois de aprovado e votado em assembleia com mais de 200 engenheiros, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) alterou o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em decisão unilateral e mudou as regras do plano de saúde. Isso porque, de acordo com o engenheiro e presidente do Senge-VR (Sindicato dos Engenheiros de Volta Redonda), Fernando Jogaib, a proposta da empresa foi pela manutenção das cláusulas dos acordos anteriores o que, portanto, demonstra a falta de comprometimento da CSN com o Acordo Coletivo. Em nota, o sindicato explicou que “os balanços recentes e o portfólio de atendimento da operadora, sugerem incapacidade para assumir os compromissos, observadas as características gerais do atual plano, para atender com qualidade as cercas de 45000 vidas que mais que dobram sua base atual de atendidos”.

O plano de saúde está previsto em cláusula do ACT e a mudança para outubro, sem qualquer negociação com os trabalhadores e os sindicatos, e será válida para a região de Volta Redonda. O Senge-VR já acionou a justiça com o objetivo de reverter a decisão.

Leia abaixo a íntegra da nota:
Nota de esclarecimento sobre a mudança do Plano de Saúde da CSN

Os TRABALHADORES e APOSENTADOS da CSN foram surpreendidos com medida intempestiva e unilateral da Empresa no sentido de trocar o Plano de Saúde (operado nacionalmente pela SAÚDE BRADESCO), por outro operado pela desconhecida empresa cearense LIV ICC, de abrangência, até agora, apenas no regional.

Não bastasse o rito autoritário engendrado, mais surpresos ainda ficaram todos com a falta de perspectiva de continuidade da qualidade experimentada nos últimos 25 anos. Os balanços recentes e o portfólio de atendimento desta operadora, sugerem incapacidade para assumir os compromissos, observadas as características gerais do atual plano, para atender com qualidade as cercas de 45000 vidas que mais que dobram sua base atual de atendidos.

Segundo as informações da sala de situação da ANS, de maio/2020, a empresa tem atuação restrita ao Ceará e Rio Grande do Norte, com aproximadamente 30 mil vidas. Durante 25 anos, o atendimento à saúde desta comunidade tem sido feito de forma satisfatória, adequada e pertinente, havendo inclusive grande adaptação e investimento do setor de serviços médicos e hospitalares da cidade de Volta Redonda e da região para este fim.

Uma mudança radical e intempestiva poderá acarretar graves prejuízos à saúde dos segurados e também ao setor de serviços que, durante esses 25 anos, investiu, e está investindo, na premissa da continuidade da, até então, acertada opção da CSN no que se refere à saúde e bem estar dos trabalhadores.

Não se trata, portanto, de interesse exclusivo dos trabalhadores e aposentados, mas de toda população de Volta Redonda e região. A Diretoria do SENGE-VR informa que já recorreu à Justiça do Trabalho, no sentido de exigir da CSN o cumprimento da sua proposta para o Acordo Coletivo, mantendo o atendimento à saúde de seus funcionários com as mesmas características e abrangência previstas nos Acordos anteriores.