Nesta última quarta-feira (01), o Senge-RJ realizou o encerramento oficial da exposição do Rubens Paiva, que vinha sendo realizada desde o dia 15 de junho, no edifício da Engenharia, na PUC-Rio. O vice-reitor comunitário, Augusto Sampaio, prestigiou a cerimônia e agradeceu a oportunidade dada pelo Senge-RJ de contar essa história para quem “não faz ideia do que aconteceu” na Ditadura Militar. “Espero que essa exposição tenha sensibilizado os alunos para que lutemos para que isso nunca mais aconteça”, disse. O diretor do Senge-RJ Marco Antonio Barbosa, também agradeceu a PUC-Rio por abrir as portas para o Sindicato. “A PUC tem um histórico de resistência política e foi um prazer imenso estar aqui”, afirmou.
Rubens Paiva foi eleito deputado federal em 1962, por São Paulo, na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Após o discurso para a Rádio Nacional, foi caçado e se exilou por nove meses. De volta ao Brasil, retomou a atividade de engenheiro, no Rio de Janeiro, sem abandonar a resistência à ditadura e o apoio a exilados políticos. Foi preso em 20 de janeiro de 1971 e nunca mais foi visto. A esposa e a filha mais velha foram levadas para o DOI-CODI um dia depois, mas não viram Rubens Paiva. A exposição que lembra a trajetória política e profissional de Rubens Paiva tem a curadoria de Vladimir Sacchetta.
Foto: Claudionor Santana