Senge-RJ: acordo coletivo da Cedae é fechado

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O ACT da CEDAE foi fechado em setembro e a pauta dos trabalhadores era um novo Plano de Cargos, Carreira e Salários que incluísse os dois níveis mais baixo no piso salarial progressivamente. Além disso, a isonomia entre novos e antigos funcionários, mais a reposição salarial. A CEDAE acordou a correção em 4,80% a partir de 1º de janeiro de 2017 dos meses de maio a dezembro de 2016. A recomposição irá acontecer em 4 parcelas iguais entre janeiro e abril do próximo ano.

Ainda que só com a cláusula financeira, o representante sindical Iuri Medeiros considera importante ter avançado na correção: “Com a mudança do governador e com a inclusão da Cedae nos planos de privatização promovidos pelo BNDES, a luta financeira acabou ficando de lado e a luta pela não privatização da empresa ficou em evidência. Assim, a recuperação da inflação no período, mesmo que dividido em 2 vezes, acabou se mostrando uma vitória visto ao momento turbulento que a empresa vivenciava”, declarou.

O PCCS atual da CEDAE causa muita discrepância entre os engenheiros mais novos e os mais antigos e pode, a longo prazo, gerar salários abaixo do piso em pelo menos duas categorias da base do plano. “o PCCS da Cedae é complicado, ele foi criado na década de 90 e em 2008 adicionaram cargos na base da pirâmide para os níveis universitários. Não bastasse isso, no acordo coletivo de 2001 foi retirada as 7 vantagens que os novos funcionários estão pleiteando, ou seja, os novos engenheiros começam em um nível mais baixo e sem as vantagens dos engenheiros mais antigos, gerando uma discrepância enorme entre os novos e os antigos.

Hoje o nível mais baixo de engenheiro, recebe abaixo do piso da engenharia e precisa de uma complementação no salário, após subir de nível fica 500 reais acima do piso, sendo que a diferença vem diminuindo ano a ano, podendo gerar no futuro que os 2 níveis de engenheiro criado em 2008 ficarem abaixo do piso e precisarem de complementação do salário para atingir o piso”, declarou Iuri.

O representante ainda vê com pessimismo a continuidade do Plano sem considerar as disparidades: “As alterações realizadas nos últimos anos no PCCS foi apenas para ampliar a pirâmide mais para baixo. E não para melhorar a pirâmide, de maneira a deixa-la mais equilibrada. O atual presidente se dispôs a fazer a evolução dos níveis dos funcionários nos próximos 5 anos, baseado em uma avaliação, contudo a primeira que houve, foi para contemplar os mais antigos, o que aumentou ainda mais a diferença entre os novos e os antigos. E segundo ouvi em reunião de comitê paritário, o primeiro ano foi por merecimento, agora o próximo será por antiguidade. Sendo assim, a diferença irá ampliar muito mais entre os novos e os antigos”, finalizou Medeiros.