Governador encaminhou nesta semana, à Assembleia Legislativa, emendas à proposta de LDO para a suspensão da reposição salarial dos servidores públicos prevista para janeiro de 2017.
O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) está unido ao Fórum das Entidades Sindicais (FES) pela garantia do pagamento dos reajustes salariais, previstos em lei, ao funcionalismo público do Estado.
A mobilização se dá por conta de que o governador Beto Richa (PSDB) encaminhou nesta semana, à Assembleia Legislativa, emendas à proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado para a suspensão da reposição salarial dos servidores públicos prevista para janeiro de 2017.
A medida representa uma traição de Beto Richa à confiança dos servidores públicos do Estado, já que a reposição da inflação foi apresentada pelo próprio governo em forma de Lei enviada à Assembleia Legislativa como forma de negociação para encerrar a greve de 2015, após o chamado massacre do Centro Cívico, quando Policiais Militares, avançaram contra centenas de funcionários públicos deixando feridos num ato que marcou negativamente a história do Paraná.
“Antes mesmo do fatídico massacre do Centro Cívico, no ano passado, fomos às ruas os engenheiros, professores e trabalhadores de diversas categorias unidos contra a tentativa antidemocrática de aprovar leis que afetam a população, em regime de Comissão Geral, sem transparência e discussão prévia. O tratoraço que o governo tentou impor naquela época já sinalizava o desrespeito a todos os paranaenses e ao Poder Legislativo, porque retirava do parlamento a prerrogativa do debate e da discussão da legislação por representantes eleitos pelo povo”, recorda o presidente do Senge-PR, Carlos Roberto Bittencourt.
Na opinião do presidente do Sindicato dos Engenheiros, o momento é de mobilização dos profissionais de engenharia e todas as demais categorias que compõem os quadros do funcionalismo público estadual contra a nova manobra governista de desrespeito, não apenas aos trabalhadores que garantem a prestação dos serviços estaduais, mas a todos os cidadãos paranaenses.
O governo joga de caso pensado. Quer suspender o reajuste do funcionalismo previsto por lei para janeiro de 2017 sob a alegação de falta de recursos. Diz que não vai pagar o que prometeu até que sejam quitadas as promoções e progressões também devidas aos servidores e que contemplam, principalmente, uma parcela formada por professores e policiais militares. Beto Richa quer com isso afrouxar a corda de um lado e esticar de outro. Quer plantar a discórdia entre o funcionalismo oferecendo a uns e negando a outros.
O Senge-PR se manterá firme e unido às demais entidades sindicais em defesa do que é de direito dos servidores e da população paranaense.
Fonte: Senge-PR