O presidente do Senge-PR, Ulisses Kaniak, falou dos desafios do mercado de trabalho a formandos de agronomia da Unicentro, em palestra que contou com a a participação do Crea-PR e da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Guarapuava.
O presidente do Senge-PR, Ulisses Kaniak, juntamente com representantes do Crea-PR e da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Guarapuava participou de uma mesa-redonda sobre a defesa da profissão aos acadêmicos do quinto ano de Agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).
O debate, realizado nesta quinta-feira em Guarapuava, ocorreu dentro da disciplina de Deontologia da Agronomia da universidade, ministrada pelo professor e médico veterinário Jorge Luis Favaro. “Entre outros assuntos, a disciplina discute as entidades que representam o engenheiro agrônomo. Já abordamos em outros momentos o Código de Ética e a História da Engenharia Agronômica”, contou ele, ao abrir a mesa-redonda.
O presidente do Senge-PR, Ulisses Kaniak, falou dos desafios da profissão de engenheiro a formandos de agronomia da Unicentro.
O presidente da Aeagro, agrônomo José Roberto Papi, explanou sobre história, as atribuições do profissional e o associativismo. “Esse trabalho de orientação profissional e sobre associativismo, a Aeagro desenvolve com os acadêmicos de Agronomia há seis anos”, relatou, aproveitando a ocasião para divulgar a sexta edição do concurso que premiará o melhor trabalho de conclusão de curso, promovido anualmente pela entidade.
O superintendente do CREA-PR, engenheiro agrônomo Celso Roberto Ritter, falou sobre o sistema Confea/Crea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia/Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia), suas funções e competências. A explanação foi dividida entre o conceito de conselho, o motivo da sua existência, como atua e realiza a fiscalização do exercício profissional.
“Por que temos de nos submeter a um conselho? Porque escolhemos exercer uma profissão regulamentada por lei. Todo direito dado a alguém tem, em contrapartida, deveres. Para cuidar disso, o Estado Brasileiro criou os conselhos profissionais. Não existe profissão regulamentada sem um conselho profissional específico para fiscalizar o exercício dessas profissões”, explicou Ritter.
Sobre a atuação de um sindicato discorreu o presidente do Senge-PR, engenheiro eletricista Ulisses Kaniak. À entidade sindical cabe, basicamente, a defesa dos direitos trabalhistas, embora esteja em algumas ocasiões envolvida em temas de interesse público. Ele também discorreu sobre o histórico da entidade, criada em 1935, a sua missão, o papel de defesa do profissional e da sociedade, além do trabalho realizado junto a estudantes, através do Senge Jovem. “Espaços como esse são importantes para que o acadêmico, após se formar, não saia direto para o mercado de trabalho sem saber a quais entidades vão responder e que irão representá-los diretamente”, comentou.
O coordenador do projeto Senge Jovem, Vinicius Costa Martins, acadêmico de Agronomia da UFPR (Universidade Federal do Paraná), participou do evento. Ele contou que o sindicato tem buscado a participação dos estudantes no interior do Paraná. “Temos algumas atividades de formação, conforme a demanda do estudante, suprindo sua necessidade de cursos que as universidades não têm condições de atender, e também de formação política e de integração com a sociedade”, disse.
A mesa-redonda contou com debate qualificado e intensa participação dos acadêmicos, tirando suas dúvidas e ainda discutindo sobre vários assuntos polêmicos ligados à profissão, dentre os quais registros e aplicações de agroquímicos e receituário agronômico.
O gerente regional do Crea-PR em Guarapuava, engenheiro eletricista Thyago Giroldo Nalim, destacou a importância do programa CreaJR do Crea-PR, o qual constantemente aproxima os acadêmicos de cursos de engenharias, agronomia e geociências em todos os seus níveis de formação, promovendo debates, levando as informações necessárias sobre as profissões e, principalmente, despertando o senso crítico dos futuros profissionais.
“Temos que estimular a ação coletiva desses futuros profissionais, primando pela ética em suas áreas de atuação, conscientizando a sociedade sobre a importância de nossas profissões, pois, através delas, busca-se garantir a defesa e bem estar da sociedade”, comentou Nalim.