Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada conjuntamente nas cidades de Curitiba, Maringá Cascavel e Londrina, às 14 horas desta quinta-feira (13), os engenheiros engenheiros, geólogos e geógrafos da Sanepar deliberaram pela suspensão temporária da greve, que completa uma semana.
A decisão foi tomada pelos grevistas após sugestão do Ministério Público do Trabalho, que entende haver sinalização da empresa por retomada da negociação. Na assembleia, foram 119 votos, sendo a maioria, 98, pela suspensão da paralisação e 21 contrários. Confira aqui a ata: <http://bit.ly/11CFiEx>
Caso não haja, em uma semana, proposta da empresa que resulte numa ação concreta pelo reenquadramento da categoria, a paralisação será retomada com adesão total, em todo o Estado, na segunda-feira (24).
A Sanepar não compareceu à audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho, marcada para a manhã desta quinta-feira, e tão somente enviou ofício. O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) representou a categoria com a participação do seu presidente, Ulisses Kaniak, da diretora e engenheira da Sanepar, Angela Doubek e da assessora jurídica do Sindicato, Melina Aguiar Rosa. Também participaram da audiência outros três engenheiros da Sanepar. Diante da possibilidade de negociação manifestada pela empresa, a Procuradora do Trabalho Renée Araújo Machado sugeriu a suspensão temporária do movimento paredista, termo que foi levado pelo Sindicato aos grevistas e acatado pela maioria. Confira a ata da audiência no MPT: <http://bit.ly/1a8z8ms>
O processo de negociação junto à cúpula da empresa teve participação importante do deputado estadual Rasca Rodrigues, engenheiro agrônomo e ex-presidente do Senge-PR, que intermediou o processo junto à diretoria. Presente na frente da sede da empresa em Curitiba, na manhã de hoje, Rasca parabenizou os profissionais e o Sindicato pela condução do movimento e informou que a direção da Sanepar sinalizava por negociar nova proposta em caso de suspensão da paralisação.
Durante cinco dias úteis, os profissionais de engenharia mantiveram-se mobilizados em frente às sedes da empresa em todo o Estado. O ato teve o apoio da população em todas as cidades. A greve mostrou a força da categoria que defende a valorização profissional e da carreira na companhia. Para o presidente do Senge-PR, Ulisses Kaniak, “Os participantes das paralisações de maio de 2012 e de última semana estão fazendo história, por demonstrarem que nossa categoria de trabalhadores é capaz de buscar seus direitos com muita força e determinação. O Sindicato esteve a serviço dos profissionais durante todo o processo e continuará, seja em mesa de negociação, seja na retomada da paralisação que não foi interrompida, apenas adiada em prol de um possível entendimento entre as partes.
