Mobilização na Assembleia Legislativa do Paraná entregou documento justificando reajuste de 4,94%
O governador do Paraná Ratinho Júnior (PSD) recebeu uma comitiva de deputados para discutir a data-base do funcionalismo estadual. Durante o encontro, os parlamentares apresentaram ao governador um estudo técnico realizado pelo Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES). O relatório aponta que o Poder Executivo tem condições financeiras de conceder imediatamente o reajuste de 4,94% referente à reposição da inflação dos últimos 12 meses aos servidores públicos.
“Estamos chegando de uma reunião com o governador. Fomos acompanhados do líder do governo, deputado Hussein Bakri, e do economista Cid Cordeiro, que apresentou ao governador, em nome do Fórum das Entidades Sindicais, um estudo técnico mostrando que os números do Estado permitem que o governador encaminhe para esta Casa um projeto de lei concedendo imediatamente o reajuste de 4,94%, referente a inflação dos últimos 12 meses e também que comece a pagar, até o final deste ano, as reposições inflacionárias dos anos anteriores que não foram feitas”, anunciou o professor Lemos (PT) durante a sessão plenária de ontem (29), destacando que a decisão que o governador precisa tomar é essencialmente política, e não técnica.
O líder da Bancada do Serviço Público enalteceu a mobilização dos deputados estaduais em defesa da data-base do funcionalismo. “Nós sabemos que vários deputados já conversaram com o governador e já fizeram chegar aos secretários que o Estado precisa atender esta demanda importante e justa. Na Assembleia, estamos todos sensibilizados com esta causa, que é a causa do povo do Paraná”.
No mesmo dia, as lideranças do Fórum das Entidades Sindicais (FES) intensificaram a cobrança pelo pagamento da reposição salarial dos servidores públicos do estado. Um documento foi entregue aos deputados (leia aqui) apresentando dados das finanças do estado. O ofício demonstra que a revisão salarial do funcionalismo pode ser concedida e não oferece riscos às contas públicas.
“Agora é uma decisão política do governador. Nós já debatemos todos os números, todos os dados, e está comprovado que é possível pagar a data-base”, explica o integrante da coordenação do FES, Ricardo Carvalho.
Mobilização
Nos últimos 30 dias foram realizadas seis reuniões entre representantes dos sindicatos, administração estadual e deputados. Segundo o FES, a Secretaria da Fazenda (Sefa) tem utilizado argumentos pessimistas sobre as contas públicas.
Devido a falta de respostas concretas, várias categorias já aprovaram estado de greve. É o caso dos professores e funcionários de escolas estaduais e dos servidores das universidades estaduais de Maringá e Ponta Grossa. Outras categorias agendaram assembleias nos próximos dias para deliberar sobre o assunto.
Fonte: Senge-PR / Foto: Roberta Freyesleben