Senge-PR alerta para perigo de pedágio sem estudo prévio na PR-445 em Londrina

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O diretor financeiro do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge), Valter Fanini, alerta para o perigo de partir para uma parceria público-privada (PPP) com o objetivo de viabilizar a duplicação da PR-445, no trecho de aproximadamente 80 quilômetros entre Londrina e Mauá da Serra.

Fanini participou de um estudo realizado por uma comissão tripartite sobre os pedágios existentes no Estado. A pesquisa apontou que o governo não tem controle sobre os contratos com as concessionárias e por isso não consegue negociar a contento os valores praticados nas praças.

Sobre a opção do governo de duplicar a PR-445 através da PPP, o diretor do Senge afirma que pode ser uma armadilha. “Se o governo não tem um modelo de gerenciamento, não sabe nem qual é a receita [das empresas], como vai criar novos trechos se não existe um modelo de gestão do pedágio no Paraná?”, questionou.

Ele defende que é necessário, inicialmente, um estudo de viabilidade econômico para analisar se os usuários da rodovia têm capacidade financeira para pagar um pedágio. “Segundo, se vivemos em um país democrático, devia ser feito ao menos um plebiscito para saber a opinião da região”, colocou.

Outro aspecto levantado pelo diretor é o fato do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado crescer anualmente, o que gera recursos para as obras de infraestrutura viária. “Com receita menor, nós conseguimos construir e manter rodovias. Compare o PIB das décadas de 1960, 1970, quando as estradas foram construídas”, alertou.

O governo chegou a liberar R$ 12 milhões para o estudo de viabilidade sobre a rodovia, mas cancelou a verba e deve repassar o serviço para a Construtora Triunfo. Empresários de Londrina entregaram um documento sugerindo a PPP a Beto Richa, mas os demais setores da sociedade não foram consultados sobre a possibilidade de instalação do pedágio.

Fonte: O Diário – http://bit.ly/12cFGtd