A remuneração dos engenheiros que atuam no Estado de Minas Gerais é menor do que a média salarial dos profissionais da categoria observada no Brasil, tanto nas empresas estatais quanto nas empresas privadas e no setor público federal. Esta é uma das conclusões apresentadas pela nova edição da cartilha “Mercado de Trabalho Formal da Engenharia em Minas Gerais – 2011/2012”, elaborada pelo Departamento Interestadual de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados constantes da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2011 e 2012. De acordo com o estudo do Dieese, nas empresas estatais, os engenheiros mineiros recebiam, em média, R$9.902,28, o que corresponde a 65% da remuneração média observada no Brasil. No setor público federal, os engenheiros mineiros tinham, em média, uma remuneração de R$11.015,80, o que corresponde a 97,4% da média nacional neste setor. Já no setor privado, a remuneração dos engenheiros mineiros chegava a 95% da média salarial do setor observada no Brasil, ficando em torno de R$7.628,81.
A desigualdade salarial entre gêneros também persiste e até se acentuou em alguns casos. Em Minas, as engenheiras que atuavam no setor de Engenharia Civil recebiam o equivalente a 93% da remuneração dos engenheiros, em 2010. Em 2012, este percentual caiu para 90%. As engenheiras do setor agrossilvipecuário tiveram uma leve melhora na remuneração, mas a desigualdade ainda é grande. Em 2010, a remuneração das engenheiras correspondia a 74% dos rendimentos dos engenheiros; em 2012, este percentual subiu para 76%.
A cartilha ainda apresenta os dados sobre o crescimento dos postos de trabalho da Engenharia em Minas Gerais. Entre 2011 e 2012, o número de vínculos da Engenharia passou de 26.679 para 27.548. As especialidades que apresentaram maior expansão do número de postos de trabalho foram a dos pesquisadores em Engenharia e tecnologia, que teve crescimento de 11,57%, e a dos engenheiros industriais de produção e segurança, que teve crescimento de 8,39%.
A participação das mulheres no mercado de trabalho da Engenharia teve crescimento expressivo. Segundo o estudo do Dieese, o número de vínculos ocupados pelas mulheres cresceu a taxas mais elevadas do que a verificada entre os homens. No Brasil, a quantidade de engenheiros cresceu 5,12% (de 200.826 em 2011 para 211.114 em 2012), enquanto o número de engenheiras aumentou em 8,58% (de 41.832 para 45.423 no mesmo período). O mesmo foi observado em Minas Gerais, onde o número de engenheiras cresceu 5,65%, enquanto o número de engenheiros cresceu 2,72%.
Os demais resultados do estudo do Dieese podem ser conferidos, na íntegra, na cartilha, disponível abaixo. A publicação impressa também está disponível e pode ser retirada na sede do Senge-MG.
Fonte: Senge-MG