Os engenheiros, arquitetos, geólogos e geógrafos servidores do Estado fizeram manifestação em frente ao Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), na Av. dos Andradas, na manhã da última segunda-feira, dia 16 de maio. Com faixas, cartazes e apitos, eles pediram valorização profissional, além da volta das negociações com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) para tratar sobre a criação da Carreira de Estado. O protesto foi decidido em assembleias realizadas na quarta-feira (11) com os servidores lotados no DER-MG e na Cidade Administrativa.
Após a manifestação, a Seplag recebeu a comissão de servidores na terça-feira, dia 17 de maio. Em reunião na Cidade Administrativa, os representantes da Seplag e da Setop apresentaram uma análise técnica da proposta de criação da carreira única para os engenheiros, arquitetos, geógrafos e geólogos. Usando o argumento de que os servidores possuem atribuições, cargos e funções distintas, que não podem ser compatibilizadas e que não foram identificadas homogeneidade ou uma similaridade com as atribuições prevista na legislação, o Governo do Estado negou a criação da Carreira de Estado. Nenhuma contraproposta foi apresentada. Durante a reunião, a Seplag constatou existir distorções remuneratórias para as categorias.
Os servidores expressaram a importância de suas profissões e disseram que muitas vezes outros profissionais não habilitados assinam documentos que são da área de Engenharia, Arquitetura, Geologia e Geografia, sem atribuições legais para tal. Disseram, ainda, que nos editais de contratação, o governo exige a formação e registro na área. O Advogado do Senge-MG, Daniel Rangel, discordou da alegação da Seplag contrapondo com argumento de ter ocorrido recentemente a criação da Carreira de Médicos no Estado, da mesma maneira que os Profissionais da Engenharia e Arquitetura reivindicam neste momento.
Para o diretor do Senge-MG, Gilmar Santana, a atitude do Governo do Estado demonstra o descomprometimento com uma classe organizada de servidores e uma postura de impositiva. “ Tivemos que provocar a Seplag através de manifestações externas para que a mesma reunisse e discutisse com os servidores engenheiros, arquitetos, geólogos e geógrafos do Estado. Tivemos também que apresentar à Seplag os números quanto a existência e totalidade destes profissionais espalhados em todo Estado nas diversas secretarias. Temos um estudo do impacto financeiro que comprova que o ajuste de todas as distorções não impacta em absolutamente nada aos cofres do Governo. Portanto, entendemos que o processo é meramente político e que passa por acertos entre Secretários e Governador em prol do reconhecimento destes profissionais.”
Os engenheiros, arquitetos, geógrafos e geólogos exigem a imediata retomada das negociações com o envolvimento direto de todos os Secretários que já sinalizaram individualmente aos seus servidores que apoiam e concordam com o pleito em questão.
Fonte: Senge-MG