Os eletricitários da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) estão em greve por tempo indeterminado. O primeiro dia teve início nesta segunda-feira, 25 de novembro, com manifestação de mais de 200 empregados da companhia em bairros de Belo Horizonte, como Lourdes, Santa Efigênia e Floresta. Os elericitários pedem aumento real, a realização de processo seletivo interno e de concurso público e a valorização da vida dos funcionários.
A greve foi deferida no dia 22 de novembro. Entre os motivos, segundo o Sindieletro, estão a recusa dos gestores da Cemig em debater o Pacto pela Saúde e Segurança, o desprezo deles pela pauta de reivindicação, a indiferença com a vida dos eletricitários, a falta de diálogo, o modelo do programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a proposta de distribuição dos dividendos de 4,5 bilhões para os acionistas, enquanto os funcionários não possuem materiais e equipamentos para trabalhar.
Os engenheiros ainda não aderiram à greve porque a contraproposta da categoria foi entregue aos dirigentes da companhia na última sexta-feira, 22 de novembro e eles aguardam uma resposta. Os profissionais pedem 4,6% de aumento real correspondente à variação do lucro líquido da Cemig do 3º trimestre de 2012 ao 3º trimestre de 2013, além da reposição da inflação do período. Outra reivindicação é a inclusão da redação da Lei 4950-A/1966 no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), implantando o salário mínimo profissional dos engenheiros na faixa salarial inicial de carreira. Os engenheiros querem, ainda, a correção do auxílio alimentação/refeição/lanche em 25,3%, referente às perdas em relação ao índice da inflação da alimentação fora do domicílio dos últimos 6 anos.
Quanto a PLR, os engenheiros querem negociar o indicador “Lucro Líquido Consolidado”, sugerindo a revisão da meta de R$2.935 bilhões para R$2.751 bilhões, com base em média tirada dos últimos cinco anos. Os profissionais também reivindicam a revisão do indicador “Lajida Consolidado” de R$6.317 bilhões para R$5.304 bilhões, com base no crescimento médio de 4%, constatado em análise de 2009 a 2012. Os engenheiros querem, ainda, que o indicador “Distribuição de Dividendos” seja excluído.
A nova proposta dos engenheiros sugere, ainda, novos fatores de redução da PLR, baseados em faixas de lucro. Se o lucro atingido for menor do que R$2.486 bilhões, o fator deve ser 0,8; se o lucro for de R$2.486 a R$2.653 bilhões, o fator deve ser 0,85; se o lucro for de R$2.654 a R$2.701, o fator deve ser 0,9; se o lucro for de R$2.702 a 2.751 bilhões, o fator deve ser de 0,95 e se o lucro for de R$2.751 a R$2.935 e acima, o fator deve ser 1. Os engenheiros propõem, também, reajustar a garantia mínima de R$16.000 para R$17.756; 4,5 remunerações para o nível PNU e reivindicam que os indicadores e metas para 2014 sejam discutidos a partir de 90 dias da assinatura do acordo.
Fonte: Senge-MG