O Senge-BA marcou presença no I Seminário Pensar a Bahia Sustentável, que aconteceu entre os dias 19 e 22 de fevereiro, no Hotel Porto Bello, localizado
no bairro de Ondina. O evento, promovido pelo Partido Socialista Brasileiro – PSB, contou com a presença de grandes nomes da política baiana, como o Secretário de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli e a Senadora e pré-candidata ao governo do estado, Lídice da Mata, entre outros. No Seminário, pesquisadores e professores das principais instituições de ensino superior do país levantaram discussões sobre temas importantes para o desenvolvimento sustentável do Estado e a importância dos engenheiros nesse processo.
“Pensar na Bahia sustentável requer pensar na valorização da Engenharia que está no nosso dia-a-dia, planejando e executando as políticas de mobilidade urbana, saneamento básico, gestão de resíduos sólidos, habitação com interesse social, eficiência energética, produção de alimentos, entre demais ações que impactam cotidianamente na relação da população com o meio ambiente”, diz o engºcivil Ubiratan Félix, presidente do Senge BA.
“Esses Seminários servem para discutir e criar bases para o desenvolvimento sustentável da economia e do social. Levantar questões sobre a distribuição de renda, educação, saúde pública, mobilidade urbana, entre outros. O grande objetivo é que ao final desses eventos possamos chegar a um conjunto de ideias para serem levadas à sociedade, e debatida junto a ela”, disse Leonelli.
A senadora Lídice da Mata também fez questão de ressaltar a importância da participação da mão-de-obra dos profissionais de engenharia no desenvolvimento da Bahia e do Brasil, e da relevância desses profissionais participarem das discursões em torno do desenvolvimento do estado. “Falar dessas questões sem a participação, a contribuição e a visão dos profissionais da Engenharia seria um equivoco. Esse profissional é determinante e indispensável como capital humano no processo de investimento de infraestrutura do estado”, explicou.
O seminário– Durante os 4 dias do evento, foram sete painéis reunindo os principais centros de estudos acadêmicos do Brasil. Sociólogos, economistas, juristas, urbanistas, administradores, ambientalistas e políticos. Os debates foram abertos na quarta-feira (19), com cerca de 300 pessoas no auditório do Hotel Porto Bello, quando o sociólogo Luiz Werneck palestrou sobre o tema “Que política é possível”. “Está na hora da modernização ceder lugar ao moderno. A política muitas vezes está condenada ao fracasso porque não encontra o apoio da sociedade”, disse o professor.
Na quinta-feira (20), o tema em questão foi economia. Eduardo Gianetti abriu os trabalhos do dia traçando um panorama da economia no país alertando para a necessidade de reverter três quadros. Baixo crescimento crônico, pressão inflacionária, forte déficit em conta corrente. Já Armando Avana e Oswaldo Guerra, preferiram concentrar na economia baiana e ressaltar a concentração de riquezas nas porções litorâneas e do oeste do estado.
No período da tarde foi a vez da economista Tânia Bacelar, ao lado de Edgard Porto debaterem sobre “Horizontes do Desenvolvimento – Bahia Nordeste”. “Hoje importante trazer essa discussão para a Bahia, porque estamos falando em desenvolvimento do Nordeste, e falar desse tema sem incluir a Bahia não teria sentido”, enfatizou a Bacelar.
Na sexta-feira (21), as arquitetas Angela Gordilho e Angela Franco, falaram sobre a temática “Reforma Urbana”. Já o também arquiteto Marcelo Ferraz e o antropólogo Antônio Risério, abordaram “As Cidades e o Processo de Integração da Bahia”, como tema. “Os governos primam pelo respeito, conservação e ocupação do espaço público. A política urbana foi entregue pelos governos aos empresários”, criticou Risério. Os engenheiros Paulo Villa e Adary Oliveira debateram sobre “Logística e Infraestrutura”.
No último dia da programação, sábado (22), os trabalhos foram encerrados com o tema meio ambiente. Renato Cunha e Julio Matos tematizaram a discussão sobre os problemas ambientais da Bahia. “O papel do próximo governo do Estado é rever a participação da Embasa no saneamento da Bahia. Salvador não bebe uma gota de água armazenada na cidade e a dependência do Paraguaçu hoje já é de 70%”, salientou Júlio Matos.
Fonte: Senge-BA