Senge-BA: 63 anos de Petrobras, a luta não acabou

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Criada a partir de uma de uma campanha popular, hoje a maior empresa brasileira e principal fator do desenvolvimento econômico do Brasil, a Petrobrás completou neste mês, no dia 3, seus 63 anos.

Todo aniversário é uma oportunidade de prestigiar a luta dos que ergueram e defenderam o petróleo do Brasil, garantindo saúde, educação e desenvolvimento para o povo brasileiro. Os petroleiros são parte fundamental nisso, é esta categoria que comprova que são falsos as teorias que buscam enfraquecer a empresa nos últimos anos. Semelhante ao ocorrido em 1990, a empresa está exposta à aplicação do receituário neoliberal de fatiamento, venda e desmonte.

Deyvid Bacelar, petroleiro, ativista político e defensor da Petrobrás e Brasil. Coordenador Geral do Sindipetro Bahia e ex-Conselheiro de Administração da Petrobrás, enfatizou para o Senge, a importância da Petrobrás. Confira:

SENGE-BA : Qual a perspectiva para o futuro de luta pela Petrobras?

Deyvid Barcelar: Infelizmente, ou felizmente, a depender do ponto de vista, nós teremos, não somente neste ano de 2016, como nos próximos, uma serie de lutas em defesa da empresa integrada de energia, que nós conseguimos construir ao logos desses 13 anos. Muito por conta da mudança do governo, que aplica uma politica de estado mínimo, cumprindo o Neoliberalismo que foi iniciado, aqui, na década de noventa e que agora vão querer concluir o que não foi possível naquela década. Mas também por conta do novo plano de negócio de gestão da empresa que colaboram com essas ideais neoliberais, privatização, entrega de uma boa parte do patrimônio da Petrobras.

SENGE-BA : Quais as desvantagens da Petrobras deixar de ser operadora única?

Deyvid Barcelar: Esse é um dos principais tripés do modelo de partilha criado em 2010, os três pilares. O primeiro da Petrobras ter o direito de ser a operadora única do pré-sal e de deter no mínimo 30% dos campos do pré-sal brasileiro. Isso é importantíssimo, a Petrobras como operadora única, primeiro ela controla a produção de petróleo brasileiro, o que garante que não vai haver uma hiperprodução de petróleo, secando essas reservas, como aconteceu na Holanda, na Argentina. Temos também uma garantia de que ela vai desenvolver a indústria e engenharia local e nacional, gerando assim, emprego e renda para o país, e incentiva o desenvolvimento de pesquisa aqui no Brasil. Então este é o principal pilar do modelo de partilha, constitui em 2010. Porém temos outros dois, que é a garantia que haverá um percentual mínimo de cumprimento de conteúdo local no Brasil e o terceiro e ultimo pilar, que é a criação do fundo social soberano que destina 75% dos recursos oriundos do pré-sal brasileiro para educação e 25% para saúde. Então, tirar a Petrobras da operação exclusiva do pré-sal brasileiro e tirar os 30% dos campos de produção, é apenas derrubar o primeiro pilar, os outros por tabela acabam sendo derrubados.

Fonte: Senge-BA