O engenheiro Ulisses Kaniak, diretor de negociação coletiva da Fisenge, esteve presente na abertura do evento
Via Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB)
Desde a manhã desta quinta feira (21), mais trinta sindicatos, federações, confederações e movimentos sociais de diversos estados brasileiros, além de trabalhadores da energia e atingidos por barragens de alguns países da América Latina, estão reunidos em Santa Tereza no Rio de Janeiro (RJ), para o II Seminário Nacional da Energia, Educação e Indústria no Brasil.
Organizado pela Plataforma Operária e Camponesa para a Energia, o seminário nacional pretende discutir junto às organizações de trabalhadores os rumos do petróleo brasileiro e sua importância para o futuro da educação e da indústria, atualizando o debate sobre o atual modelo energético e buscar uma pauta comum que balize as ações para os próximos anos.
De acordo com Gilberto Cervinski da coordenação nacional do MAB, o seminário é uma continuidade de um processo de articulação nacional em torno das questões da energia, em defesa da Petrobrás e do petróleo brasileiro, por mudanças no modelo elétrico, com o uso dos recursos destes setores, em especial para a Educação, Direitos e Desenvolvimento Industrial no país, além da maior geração de empregos e distribuição de renda possível ao povo brasileiro.
“A partir do acúmulo de ações conjuntas realizadas nos Estados desde então, como a luta pela renovação das concessões das hidrelétricas estatais e as mobilizações em defesa do petróleo brasileiro, o seminário busca aproximar os trabalhadores do campo e da cidade a fim de se construir posições para contrapor o modelo energético em vigor”.
Para Cervinski, o capital internacional pretende aplicar na Petrobrás a mesma política realizada nos anos noventa com o setor elétrico. “O futuro neoliberal do petróleo é a atualidade do setor elétrico. Atualmente, o setor elétrico brasileiro é um centro de especulação, muito parecido com um paraíso fiscal”, comparou.
O Seminário segue até amanhã (22), com análises sobre a conjuntura e apontamentos de mobilizações unitárias para o próximo período.
Fonte: MAB