O Sindicato dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina – SEAGRO-SC realiza nos meses de fevereiro e março suas primeiras ações em prol do Acordo Coletivo de 2015 com foco nas empresas públicas no Estado (Epagri e Cidasc). Serão realizados sete encontros macroregionais, com os engenheiros agrônomos da Epagri e Cidasc das 22 Diretorias Regionais, para discutir as reivindicações que serão apresentadas ao Governo antes da data-base da categoria (1º de maio), análise das propostas de revisão dos planos de cargos e salários e também a atuação estratégica do SEAGRO-SC frente ao deliberado nos encontros. As reuniões serão conduzidas pelo presidente da entidade, Vlademir Gazoni, pelo diretor de comunicação, Jorge Dotti Cesa, pelo vice-presidente, Eduardo Piazera, e pela assessora jurídica do sindicato, Sandra Marangoni. A meta dos dirigentes é reunir nestes encontros a grande maioria dos quase 700 engenheiros agrônomos responsáveis pelos serviços públicos de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, bem como pela defesa e fiscalização agropecuária em Santa Catarina.
A proposta é discutir nas diretorias regionais com os associados as prioridades da categoria e a condução das etapas da Campanha Salarial 2015. Em fevereiro acontecessem os encontros em Florianópolis, no dia 23, no auditório da Secretaria da Agricultura e da Pesca, e no dia 25 em Itajaí, reunindo também as regiões de Blumenau, Joinville e Jaraguá do Sul, no auditório da Estação Experimental de Itajaí.
Os encontros terão como foco discutir e aprovar as principais reivindicações da categoria para a Pauta da Campanha Salarial 2015/2016 a ser negociada, analisar e discutir a proposta da revisão do Plano de Carreira da Epagri e Cidasc e a estratégia de atuação frente a resistência nas tratativas de negociação com o Governo do Estado, como por exemplo, a reativação da grande campanha realizada em 2014 intitulada SOS Agricultura, que alertou a sociedade dos riscos eminentes frente ao descaso do Governo com a agricultura e a categoria, devido a falta de apoio e incentivos à pesquisa, extensão rural e defesa sanitária do agronegócio catarinense.
“Nossa atividade – a agricultura – representa 30% do PIB do Estado, com forte participação da agricultura familiar e acreditamos que merecemos mais atenção”, afirma Gazoni. “E mais, há alguns anos os engenheiros agrônomos pedem mais atenção do Governo ao Serviço Público Agrícola Catarinense, responsável pelo patamar de excelência alcançado nas últimas décadas pelo setor agropecuário, focando na área tecnológica, tudo para evitar um apagão tecnológico nos próximos anos”, conclui o presidente do SEAGRO.
Em março serão realizados mais cinco encontros; em Criciúma reunindo também as diretorias de Araranguá e Tubarão, em Lages, contando com a participação de São Joaquim e Rio do Sul, em Canoinhas, reunindo também Mafra, em Chapecó, congregando as diretorias de São Miguel do Oeste, Concórdia e Xanxerê, e em Campos Novos, contando também com a participação dos diretores de Joaçaba, Curitibanos, Caçador e Videira.
Com a morosidade do sistema e a resistência do Governo em negociar – haja vista que o Acordo Coletivo de Trabalho de 2014 com a Cidasc ainda não foi assinado, estando no aguardo de julgamento do dissídio coletivo no TRT ou mudança de postura política dos novos dirigentes da Agricultura, a categoria vem mobilizando-se desde o final do ano passado para pressionar o Governo a neste seu segundo mandato a olhar para a agricultura catarinense, e coloque em prática seu discurso de quando foi empossado.
“Em 2014 as negociações e a garantia de implantação de um novo Plano de Carreira (PCS) esbarrou nos argumentos do Governo de que era um ano eleitoral. Com a Cidasc o Acordo Coletivo se quer foi assinado. A Epagri tivemos que arrancar via judicial uma proposta inicial de PCS. Queremos agora em 2015 discutir com o Governo do Estado as propostas apresentadas pelas empresas, buscar avanços a serem indicados pelas encontros com assembleias macrorregionais e garantir a implantação. Os colegas da Epagri e da Cidasc não suportam mais de 10 anos de arrocho salarial e sem carreira de valorização profissional”, afirma o diretor de comunicação Jorge Dotti Cesa.
Nas cooperativas e agroindústrias as assembleias regionais deverão ser realizadas em março e abril, bem como com os empregados do Crea-SC está sendo elaborada uma estratégia para que seja definida a melhor forma para o diálogo com todos os profissionais. Para estes profissionais está sendo elaborada uma estratégia diferente e os principais pontos a serem debatidos são a manutenção do salário mínimo profissional – uma conquista do SEAGRO-SC para a categoria – e o plano de carreira.