O Sindicato dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina – SEAGRO-SC, o SIMVET/SC – Sindicato dos Médicos Veterinários de Santa Catarina e o SENGE – Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina; entidades que juntas representam cerca de mil profissionais da Epagri e Cidasc, negociam diretamente com o Governo o Acordo Coletivo, com data base, 1º de maio, isto porque o Governo insiste na proposta de não conceder se quer a inflação medida pelo INPC
Como as negociações com o Governo não avançam as entidades decidiram por lançar uma Campanha Pública pela mídias sociais e outdoors, inicialmente distribuídos na Grande Florianópolis, e até não se descarta numa segunda etapa o uso de rádio e até de televisão, ampliando a manifestação e alertando a sociedade sobre o descaso do Governo e da falta de apoio e incentivos à pesquisa, extensão rural e defesa sanitária para o agronegócio e agricultura familiar catarinense. “A atividade representa 1/3 do PIB e 62% das exportações brasileiras, com forte participação da agricultura familiar, é o segmento que mais cresce (agronegócio) e não há contrapartida das autoridades”, esclarece Eduardo Piazera, presidente do SEAGRO.
Piazera alerta que sem a reposição da inflação, volta a ocorrer e de maneira ainda mais intensa, a compressão da tabela salarial para as categorias abrigadas pela Lei do Salário Mínimo Profissional (SMP) e pelas conquistas no ano passado com a implantação do Plano de Cargos e Salários, assim a proposta do governo penaliza os funcionários mais antigos e retira-lhes conquistas já adquiridas.
“Caso não ocorram avanços imediatos na proposta, as categorias não descartam uma paralização, já que há uma forte mobilização nas bases. Estamos mais conscientizados, no momento aguardamos o julgamento do dissídio na justiça e, paralelamente, estamos nos mobilizando no interior do Estado”, comenta Piazera.
Os engenheiros e médicos veterinários pedem mais atenção do Governo ao serviço público agrícola catarinense, responsável pelo patamar de excelência alcançado nas últimas décadas pelo setor agropecuário. Sucessivos planos de demissão incentivada já esvaziaram os quadros de fiscalização das empresas Cidasc e Epagri, colocando em risco o status de único estado livre da febre aftosa sem vacinação.
“Os sindicatos pretendem, com a Campanha, chamar a atenção dos políticos e alertar a sociedade para que ela se sensibilize pela causa”, finaliza Piazera.
Fonte: Ascom/Seagro-SC