Fortalecido por ter sido reeleito em primeiro turno, o Governo do Estado de Santa Catarina continua irredutível no atendimento das propostas relativas ao Acordo Coletivo 2014 – de maio último, dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina. Em reunião nos dias 09 e 10 de dezembro, o Conselho Deliberativo do SEAGRO-SC, representando suas 22 diretorias regionais, pouco avançou, pois não há nenhum fato novo ou avanço nas negociações com o Secretário da Agricultura e Pesca, Airton Spies, e com os diretores das empresas Epagri e Cidasc.
Na reunião foram analisados os aspectos positivos e negativos de cada possível encaminhamento, bem como seus riscos decorrentes das incertezas sobre julgamento do dissídio coletivo. A presença da assessora jurídica, Dra. Sandra Marangoni, foi fundamental para o entendimento do quadro atual e da situação pelos diretores regionais, que com mais informações voltam às suas bases e poderão orientar seus pares com as deliberações.
Detalhes pequenos como a diferença entre as duas atuais propostas de ACT diz respeito à concordância pela Epagri ao abono da falta de cerca 65 colegas e a não concordância da Cidasc em abonar para 11 colegas referente ao dia de paralisação realizado em 29 de setembro. Para a Epagri a proposta concorda também com a retirada da cláusula que exigia o arquivamento da ação que obriga a empresa a apresentar proposta de revisão do PCS.
Apesar de todos os esforços e articulações políticas realizadas pelo SEAGRO, envolvendo vários Secretários de Estado, com apoio de alguns Deputados, o presidente da Cidasc reafirmou em reunião com o SEAGRO sua negativa em autorizar o abono. Foi então proposto ao presidente Enori Barbieri que o SEAGRO fizesse o ressarcimento do valor do desconto aos colegas e a Cidasc apenas concordaria em não considerar a falta para os demais reflexos, como nas promoções. O presidente Barbieri afirmou que só abona se receber por escrito uma ordem do Secretário Spies, e este, por sua vez, afirma que a decisão só depende da Diretoria, é o jogo do empurra-empurra, para não se chegar a nenhuma solução.
O SEAGRO reafirma sua indignação com a manutenção da intransigência da Diretoria da Cidasc e que seguirá firme na defesa dos interesses dos colegas que tiveram seu desconto nas duas empresas, inclusive devendo fazer manifestações públicas sobre os riscos que corre Santa Catarina de perder seu status sanitário de excelência, se for mantida a forma como vem sendo tratada a Cidasc no âmbito do Governo do Estado, com campanha publicitária com o uso de spots de rádio e outdoors pelo Estado.
“Precisamos estar fortes e unidos, mesmo nos momentos em que algum recuo ou decisões separadas se apresentam como menos prejudiciais ao conjunto do movimento”, afirma Vlademir Gazoni, presidente do SEAGRO. “Nossa base nunca foi tão heterogênea e nunca o Governo semeou tanta desinformação para nos dividir. Cabe aos profissionais decidirem o melhor caminho e este é o momento”, conclui.