Santa Catarina vai exportar mais carne suína, mas setor corre riscos

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O Governo do Estado está comemorando a possibilidade de abertura de mercado da carne suína para o Japão, maior importador mundial da carne. No próximo dia 27, o comércio exclusivo com Santa Catarina será oficializado pela presidente Dilma Rousseff e as exportações devem começar daqui a seis meses, depois que empresários catarinenses e representantes japoneses fecharem acordo sobre corte, quantidade do produto e peso. Oito frigoríficos do Estado estão habilitados para comercializar o produto com o Japão.

 

O que o Governo se esqueceu de citar é que a questão sanitária do Estado está no limite. O presidente do Seagro-SC, Vlademir Gazoni, lembra que “falta pessoal e que as condições de trabalho para os funcionários da Epagri e da Cidasc – empresas que dão sustentação técnica, científica e sanitária à agropecuária catarinense – estão precárias”. O status de excelência em produtividade e da qualidade de carnes, frutas e grãos alcançado pela agricultura familiar e o agronegócio vêm de um trabalho de anos de pesquisa, assistência ao agricultor e fiscalizaç&a tilde;o sanitária. O momento é estratégico para o setor que conquista novos mercados para a exportação e o próprio setor privado tem cobrado mais estrutura do Governo.

Os funcionários estão em campanha salarial e o Governo confirma que não vai ter aumento real, que só garante o pagamento da reposição da inflação nos salários. O pleito principal da categoria, que é a implantação do Plano de Cargos e Salários (PCS) nas empresas, sequer foi apresentado aos funcionários. “Não podemos compactuar com o Governo que, sem investimentos nas duas empresas, pode colocar em risco mais este grande negócio para Santa Catarina” conclui Gazoni. Até semana passada o Governo ainda ameaçava com demissões em 2014 e a cláusula de garantia de emprego só foi concedida após ameaça de uma manifestação em evento sobre exportação para o Japão.