Representantes sindicais nas empresas terão o desafio de defender a democracia

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Entre titulares e suplentes, um grupo de 22 engenheiros e engenheiras fará a interlocução entre base e Senge RJ em 15 empresas.

Tomaram posse nesta quinta-feira (2) os 22 representantes nas empresas do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge RJ). Os representantes sindicais têm mandato de dois anos, até 2025, e, segundo o diretor de Negociações do Senge RJ, Felipe Araújo, terão como principal desafio “a defesa da democracia”no país.

“Isso é importante – manter mobilizada a base, que está muito desgastada, querendo descansar, mas não vai poder, porque a gente precisa defender e retomar direitos e patrimônio nacional”,diz Felipe, que foi representante do Senge RJ em Furnas, antes de integrar a diretoria do sindicato. “Vamos precisar de muita articulação política, muita negociação, muito esforço de conscientização a respeito do trabalho político. A maior lição desse golpe é que a ação política junto ao Congresso não pode parar nunca, principalmente nessas empresas relevantes para a soberania nacional, de comando estatal.”

> Conheça os representantes sindicais nas empresas para o mandato 2022-2025:  https://www.sengerj.org.br/pages/6-representantes-sindicais <

Outra linha de atuação do trabalho do sindicato neste mandato, avalia Felipe, é a “popularização ou a deselitização da engenharia”. “Defendemos uma engenharia que sirva ao povo e não às empresas”, explica o dirigente. “Precisamos de pessoas se formando querendo ajudar a sociedade com seu conhecimento. O engenheiro pode transformar de forma incrível a vida das pessoas. A engenharia gera riqueza através de métodos, sistemas, escala, sustentabilidade, construções, que fazem com que parte da riqueza retida por falta desse conhecimento venha a ser de fato acessível a uma parcela muito maior da população. Isso é o que a engenharia pode fazer: popularizar a riqueza. Se nós nos vermos como agentes políticos e transformadores, com esse papel estratégico e social, conseguiremos começar um trabalho junto a coletivos, associações, colocar para frente o Coletivo de Engenharia Popular, criado na gestão anterior. Esse é dos nossos maiores desafios e vai dar sustentabilidade política e social para a retomada do nosso país.”

Os representantes sindicais nas empresas atuam nos locais de trabalho, próximos à base e com conhecimento dos problemas e particularidades de cada atividade laboral. Segundo Felipe, são olhos e ouvidos dos trabalhadores, para ajudar a resolver questões ou encaminhá-las ao sindicato. Também participam das reuniões negociais (para discussão de ACTs, participação em resultados, etc.) e podem representar o sindicato em assembleias, sempre atuando em parceria com a diretoria. Fazem, ainda, a interlocução com outras entidades sindicais presentes na empresa em que ele trabalha.


As atribuições dos representantes sindicais estão descritas no Regime Interno do Senge RJ, na Seção VI – das Representações Sindicais, conforme abaixo: 

Art. 13- Compete aos Representantes Sindicais nas empresas, autarquias, fundações ou órgãos da administração pública direta ou indireta: 
a) Organizar a categoria representada no local de trabalho;
b) Promover, sempre que possível, a articulação e integração do Senge-RJ e seus representados, na empresa, autarquia, fundação ou no órgão da administração pública direta ou indireta com os membros dos sindicatos de outras categorias profissionais da empresa;
c) Providenciar, no tempo devido, a elaboração dos dispositivos formais, necessários e suficientes para tratar de assuntos do interesse dos profissionais representados, no local, tais como, editais de convocação de Assembléias Gerais, minutas de boletins, de matérias ou artigos de interesse do sindicato ou da base de profissionais representada, confecção de cartazes, minutas de pautas de reivindicação, de atas de assembléia, de correspondências do Senge-RJ ao empregador, utilizando-se, sempre que necessário, a estrutura interna do Sindicato etc.;
d) Divulgar, no âmbito da empresa ou no órgão público ou autárquico correspondente, sempre que possível, as atividades e serviços do sindicato;
e) Atuar junto à categoria representada, na empresa, captando as demandas surgidas e encaminhando-as, junto à Diretoria do sindicato, no sentido de viabilização do seu atendimento;
f) Participar, sempre que possível, do esforço coletivo para desenvolver ou implementar ações que visem à melhoria das condições de vida da categoria representada, bem como atuar de forma a garantir as prerrogativas e deveres do sindicato, conforme disposto no art. 2 o deste Estatuto, no que for pertinente;
g) Comparecer com assiduidade às reuniões do Conselho Diretor, bem como as demais reuniões convocadas pelo Presidente ou pela Diretoria;
h) Manter a Diretoria Colegiada informada;
i) Levar ao conhecimento da Diretoria Colegiada as principais questões relacionadas à sua base de atuação, para apreciação, deliberação coletiva e orientação quanto à condução a ser adotada;
j) Posicionar-se, no âmbito da sua base de representação, em sintonia com as deliberações da Diretoria ou do Conselho Diretor 

 

Foto: Claudionor Santana/Senge RJ

Fonte: Senge-RJ