Entrega do texto ocorre um dia antes da greve geral.
Foto: EBC
O relatório da reforma da previdência na comissão especial pode frustrar os planos do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM). Ele previu que a entrega do parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) ocorra no dia 13 de junho, um dia antes da greve geral, e dois dias antes do prazo final. No entanto, o presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), acredita que a votação não ocorra na comissão antes do feriado de Corpus Christis. A esse calendário se somou a iniciativa da oposição de travar as votações até que o ministro da Justiça Sérgio Moro peça ou seja afastado do cargo.
De acordo com o calendário projetado por Maia, a entrega do relatório deve ocorrer na quinta-feira (13). Samuel Moreira (PSDB-SP) teve que analisar 227 emendas parlamentares ao projeto original. Entre elas, emendas no PDT e do PL que praticamente substituem completamente a PEC 6/2019. Antes da entrega está prevista uma reunião do relator com governadores no dia 11 e com líderes partidários na quarta 12. O impasse se dá na possibilidade de estados e municipios ficarem de fora do projeto original.
Por outro lado, mesmo com a entrega do relatório, a votação pode ser atrasada na comissão. Para Marcelo Ramos (PL-AM), o feriado de Corpus Christi e as festas juninas podem adiar a votação. Ele também comenta a falta de votos governistas. “O governo tem 52 votos do PSL e acho que 8 do Novo. Tirando isso, o governo não tem mais nenhum voto”, comentou à Agência Câmara.
Outro impecilho a essa votação está a crise relacionada ao ministro da Justiça Sérgio Moro, que teria interferido na condução de processos da Lava Jato, conforme revelou o site The Intercept. A oposição promete obstruir as votações e paralisar o congresso até que Moro seja afastado, como reporta a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
“Os partidos de oposição estão reunidos agora para discutir como vamos proceder em relação às revelações do The Intercept, que são muito graves e precisam ser investigadas. Não há precedente para as violações divulgadas”, alarmou a petista.
Greve geral
Diversos sindicatos do Paraná estão convocando seus filiados para aprovar a participação na greve geral do dia 14 de junho contra a reforma da previdência. Assembleias foram realizadas e muitas entidades já optaram pela paralisação. É o caso da APP-Sindicato, que decidiu pela greve no dia 14 contra a reforma e em defesa da data-base. O Senge-PR também aprovou a participação na greve geral, representando estatutários e celetistas. Clique aqui para ver