O candidato à presidência do CONFEA apoiado pela FISENGE, Álvaro Cabrini, presidente licenciado do CREA-PR, mostrou amplo conhecimento do sistema profissional ao adotar discurso técnico e sustentado em fatos e dados durante o debate oficial realizado ontem à noite, no 17º Congresso Brasileiro de Engenharia Civil (CBENC), em Recife. O evento segue até dia 19 e é promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Civil de Pernambuco – ABENC-PE.
Cabrini lembrou que um dos outros candidatos foi contrário à adoção do voto informatizado nas eleições do próximo dia 8 de novembro. “Nós precisamos colocar o sistema no século XXI, precisamos nos apropriar das inovações e avanços tecnológicos produzidos pelos profissionais das áreas tecnológicas. Uma vez eleito presidente do CONFEA, farei com que esta seja a última vez em que terão que fazer uma caça às urnas numa eleição do Conselho”, afirmou Cabrini, lembrando que no Paraná a Certidão de Acervo Técnico (CAT) é toda informatizada, sendo entregue ao profissional em tempo reduzido, o que garante agilidade no procedimento.
Cabrini ressaltou seu projeto de, quando assumir a presidência do CONFEA, auxiliar os CREAs que possuem menos recursos. “Podemos criar um programa no sistema para que um CREA superavitário possa subsidiar outro com menos recursos. Isso é possível fazer sem gastar dinheiro com atividade meio e com absoluto respeito ao dinheiro dos profissionais”, disse.
Entidades de Classe
Quando questionado sobre como combater o esvaziamento das Entidades de Classe, Cabrini lembrou que no Paraná existe uma assessoria para levar o mesmo modelo de gestão adotado no CREA para as Entidades. “No Paraná as EC fazem planejamento, gestão de rotina e estão discutindo, por meio do programa Agenda Parlamentar, os Estudos Básicos de Desenvolvimento Regional (EBDR), prestando serviço à sociedade. Desta forma, se fortalecem e dependem cada vez menos do repasse de ARTs. Precisamos pedir a reformulação ou revogação da Resolução 1032 para que possamos adequar o repasse de recursos, mas temos também que fazer gestões para que as Entidades possam buscar outras fontes de forma sustentável e não depender tanto desses repasses. “Ao cumprirem seus papéis de valorização das profissões e discutir a inserção dos profissionais em suas regiões, as Entidades de Classe levam seus profissionais à participação”, avalia.
Ao final do debate, Cabrini frisou seu compromisso de levar o sistema ao século XXI: “Quando estiver no CONFEA vou investir na atividade fim, valorizar as Entidades de Classe e os profissionais do sistema. Precisamos resgatar a auto estima e trabalhar pela justa remuneração. Também trabalharei junto ao Ministério da Educação e Cultura visando a busca de uma solução essa desenfreada multiplicação de cursos superiores nas áreas tecnológicos. Precisamos de mais qualidade e não não de quantidade de cursos.!Quero, frente ao CONFEA, estar mais presente nas grandes discussões da sociedade e junto aos presidentes de CREAs. No dia 8 de novembro votem 15 – Cabrini para o CONFEA”, encerrou.