Começou nesta terça-feira (13/5) o Seminário Nacional sobre Assalariamento Rural no Brasil, em Brasília. O evento reúne cerca de 180 pessoas, entre lideranças de base e trabalhadores rurais. O presidente do Sindicato dos Engenheiros Agrônomos do Rio Grande do Norte (SEA-RN), Joseraldo do Vale conta que uma das principais preocupações é a informalidade e o trabalho escravo no campo. “As relações informais de trabalho reproduzem a precarização e situações análogas ao trabalho escravo. Além destes pontos e aspectos conjunturais, também estamos debatendo normas de segurança no campo, o uso indiscriminado de agrotóxicos e os impactos na vida dos trabalhadores”, explica Joseraldo.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que mais de 60% da força de trabalho rural assalariada não possui carteira assinada ou contrato formal. A porcentagem de trabalhadores assalariados rurais informais com rendimento médio mensal de até um salário mínimo (R$ 622,00 à época da pesquisa) é de 78,5%, sendo que quase metade desse total, 33,9%, recebe menos de um salário.
O Seminário Nacional sobre Assalariamento Rural no Brasil é organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).