“Precisamos que as universidades e o poder público adotem a cultura do planejamento”, afirmou o vice-presidente da Fisenge

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por Comunicação Fisenge, com informações do Confea

Começou, ontem (20/2), o 8º Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Creas, em Brasília. Com cerca de 800 participantes, o evento contou com a participação de parlamentares, autoridades e entidades de classe, como a Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros). Em seu discurso de abertura, o engenheiro civil e presidente do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), Joel Krüger, enfatizou a atuação parlamentar das lideranças do Sistema no Encontro. Ao mencionar o desarquivamento do PL 13/13, que considera essenciais e exclusivas de Estado as atividades exercidas por engenheiros, arquitetos e agrônomos ocupantes de cargo efetivo no serviço público, Krüger afirmou que foram recebidas 44 assinaturas, “bem mais do que as 27 necessárias”. Para ele, a participação de todos “é fundamental”. Ele ainda lembrou das recentes tragédias de Brumadinho e do Centro de Treinamentos do Flamengo. “Essas tragédias são o retrato de um país que há muito tempo deixou de se preocupar com a engenharia. Que cortou investimentos, que sucateou grandes empresas públicas, que não vê a necessidade de construir a engenharia pública da União. O Brasil não pode se tornar um país sem alvará de funcionamento”, ressaltou.

A abertura contou ainda com a participação do engenheiro civil e vice-presidente da Fisenge, Ubiratan Felix, que destacou a importância da atuação parlamentar dos profissionais e das entidades. “Em uma sociedade democrática, só há avanços para sua categoria se houver presença na sociedade e interlocução com os agentes políticos. Geralmente, os engenheiros acreditam que resolverão o problemas do Brasil apenas com a aplicação dos seus conhecimentos técnicos e que a política é uma seara que atrapalha a resolução dos graves problemas econômicos e sociais do Brasil. Na realidade, só influenciaremos a sociedade se fizermos política”, pontuou. Também sobre os recentes desastres, Ubiratan afirmou que a responsabilidade é pela falta de políticas públicas de planejamento, manutenção de redes viárias, de manejo de águas pluviais, de licenciamento e manutenção das barragens de água ou rejeitos. “Precisamos que as universidades e o poder público adotem na formação profissional e na execução das suas obras a cultura do planejamento e da manutenção”, finalizou.

No período da tarde, foram eleitos Valmor Pietsch, presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Agrícolas (Abeag), e Marco Aurélio Braga, presidente da Federação Nacional de Engenheiros Mecânicos e Industriais para a coordenação do Colégio de Entidades Nacionais (Cden) do Sistema Confea/Crea e Mútua em 2019. O mandato tem um ano de duração.

O encontro de líderes segue hoje (21/2) em agenda parlamentar. Confira aqui os projetos de lei e matérias de interesse da engenharia no Congresso Nacional.

A imagem pode conter: 1 pessoa, no palco

Foto: Marck Castro / CONFEA