Sindicalistas estiveram reunidos na refinaria Repar, no Paraná, para protestar contra a política de preço dos combustíveis adotada pelo governo. Atividade foi um esquenta para o 10 de agosto, Dia do Basta!
Foto: FUP
O sol nem havia surgido ainda quando os petroleiros já estavam nas ruas em defesa da Petrobras, maior patrimônio público nacional, e do petróleo, a maior riqueza natural do País. Em um grande ato público realizado nesta terça-feira (17), em frente à Refinaria Presidente Getúlio Vargas – Repar, localizada no município de Araucária, no Paraná, os sindicalistas denunciaram, mais uma vez, a política de reajuste no preço dos combustíveis implementada pelo governo.
A dolarização do petróleo nacional foi responsável pela greve dos caminhoneiros, pela queda da economia e pelo aumento da inflação. Implantada por Pedro Parente, assim que assumiu a estatal a mando de Temer, em junho de 2016, a atual política de preços da Petrobras fez com que a economia nacional encolhesse 3,34% em maio, além de também ter sido responsável pela queda de 10,9% da produção industrial no mesmo mês e pelo aumento da inflação em junho, que ficou em 1,26% e atingiu a maior taxa para o mês em 23 anos.
Resistência e luta
Para o secretário nacional de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, presente ao ato no Paraná, apenas a resitência da classe trabalhadora, ocupando as ruas do País e elegendo um candidato comprometido com as pautas dos trabalhadores em outubro deste ano, será capaz de barrar o projeto de liquidação do Brasil promovido pelo governo nesses últimos dois anos.
Foto: FUP
“O atual governo desmontou o Estado brasileiro e retirou direitos conquistados há décadas”, disse.
“Apenas com mobilização e luta iremos garantir a revogação das medidas do governo e fazer com que a Petrobras, assim como outras estatais importantes para o país, não sejam privatizadas.”
“Precisamos de alguém eleito para frear os desmontes que estão sendo feitos”, defendeu o secretário de Comunicação da CUT, ao destacar que o povo não aprova as medidas do governo, a exemplo dos 68% dos brasileiros que, segundo pesquisa CUT/Vox, querem mudanças na política que reajusta o preço dos combustíveis diariamente e faz do gás de cozinha um produto inacessível para a maioria dos trabalhadores.
O ato desta terça-feira (17) contou com a participação dos militantes da Vigília Lula Livre, que há mais de 100 dias resistem em frente à sede da Superintendência da Polícia Federal, onde o ex-presidente Lula é mantido encarcerado como um preso político, além do apoio dos movimentos sociais como MST e MAB.
Dia do Basta – 10 de agosto
A atividade de hoje também foi um esquenta para o próximo 10 de agosto, Dia do Basta!, quando os trabalhadores e trabalhadoras realizarão paralisações, atrasos de turnos e atos nos locais de trabalho e nas praças públicas de grande circulação de todo o País para exigir um basta de desemprego, de aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis, de retirada de direitos da classe trabalhadora, de privatizações e de perseguição ao ex-presidente Lula.
Organizado pela CUT e demais centrais sindicais, neste dia, acontecerá uma grande manifestação na Avenida Paulista, em frente à Fiesp, prevista para ocorrer a partir das 10h, com a participação de várias categorias de trabalhadores e trabalhadoras e de movimentos sociais.
FONTE: CUT / Escrito por Luciana Waclawovsky
