Os trabalhadores e trabalhadoras do sistema Eletrobrás fazem paralisação de 72 horas a partir da próxima segunda-feira, dia 11. Eles cobram o recebimento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) relativa ao ano passado, quando a produtividade e os resultados operacionais das empresas que compõem o grupo aumentaram. Porém, as receitas das empresas caíram, por causa da redução das tarifas decidida pelo governo Dilma a partir de 2013. O preço do megawatt/hora, em empresas como Furnas, era de R$ 120 em 2012. Com a redução, caiu para uma faixa entre R$ 27 e R$ 40. Face a esse quadro, a Eletrobrás ainda não deu uma reposta afirmativa à reivindicação dos aproximadamente 22 mil profissionais da empresa.
O Comando Nacional dos Eletricitários, núcleo que representa a categoria dentro da FNU-CUT (Federação Nacional dos Urbanitários), entende que a queda das receitas não é responsabilidade dos trabalhadores, uma vez que a maior parte dos indicadores de produtividade aumentou, a despeito da redução do quadro funcional, causada por um programa de demissão voluntária que contou com a adesão de aproximadamente 5 mil funcionários.
“Nossa PLR é calculada por empresa, proporcionalmente às metas operacionais de cada uma. Nossa parte nós fizemos”, explica Fernando Pereira, secretário de Energia da FNU e coordenador do Comando Nacional. A greve não deve causar falta de energia para os consumidores brasileiros, já que os sindicatos que compõem a rede se comprometem a manter o funcionamento mínimo da geração e transmissão. Na categoria, a PLR é distribuída de seguinte forma: 50% do total são distribuídos igualmente entre todos, e a outra metade, proporcionalmente aos salários.