Para impedir greve, Kalunga tenta trancar trabalhadores em centro de distribuição

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Foi necessária intervenção do Sindicato, que chamou a Polícia Civil e o MPT para evitar o cárcere em Barueri

Na tentativa de impedir a paralisação das atividades, a empresa Kalunga fechou os portões nesta segunda (17) e trancafiou seus trabalhadores (as) dentro do centro de distribuição (CD) localizado na altura do Km 32 da Rodovia Castelo Branco, em Barueri, município da Grande São Paulo.

A empresa também tentou obrigar os funcionários a cumprir 12 horas seguidas de jornada, com o intuito de evitar a greve que chega ao terceiro dia nesta quarta (19).

Para evitar o cárcere dos trabalhadores (as), o Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região (Secor), que apoia a greve, precisou acionar a Polícia Civil e o Ministério Público do Trabalho. Apesar da truculência adotada pela direção da rede de papelaria e informática, 100% dos trabalhadores do CD em Barueri aderiram à paralisação.

Além de denunciar as condições precárias e atitudes como essa tomadas arbitrariamente pela Kalunga, os grevistas reivindicam pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e adequação no benefício da cesta básica porque, atualmente, o valor é de R$ 30,00 e, destes, R$ 29,00 são descontados em folha.

Sobre a precariedade, os trabalhadores do CD, responsável pela entrega de produtos comprados virtualmente, afirmam que são obrigados diariamente a carregar peso excessivo e enfrentam jornada extenuante.

Em entrevista à CUT São Paulo, Luciano Rodrigues, vice-presidente do Secor, explicou que a entidade já deu início ao ajuizamento do processo de greve que conta, inclusive, com apoio e solidariedade de sindicatos de outras categorias na região. A previsão é de que o movimento prossiga nos próximos dias e paralise as atividades em outros centros de distribuição.

Rodrigues explicou, ainda, que há cinco anos o Secor tenta um acordo sobre a PLR, mas a empresa afirma não reconhecer na Lei nº 10.101/2000 a obrigatoriedade de pagamento do benefício.

Em notícia divulgada no site do Secor, o presidente da entidade, José Pereira Neto, afirmou que a falta de abertura para o diálogo levou à greve na Kalunga. “O Secor tentou realizar a negociação de maneira amigável, mas a Kalunga adotou uma postura de desrespeito com seus funcionários. Continuaremos a paralisação até que a empresa abra as portas para a negociação”.

Fonte: CUT-SP