Para agrônomos, aproximar os sistemas profissional e de ensino é prioridade

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Revelada por pesquisa realizada por todos os Creas (Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia), a necessária aproximação entre o Sistema Confea/Crea e as instituições de ensino foi um dos temas tratados por 25 dos 27 coordenadores – titulares e adjuntos – de Câmaras Especializadas, que participaram do XL Ciclo de Atualização em Ciências Agrárias, o Agrosul 2018, realizado de 14 a 18 de maio, na UFPR (Universidade Federal do Paraná).

Promovido desde 1974, em 2018, com  uma programação de palestras, debates e cursos, o Ciclo centrou suas discussões em torno de “O Papel da Agronomia no Desenvolvimento do Brasil”, e nesse contexto, destacado pelas comemorações do centenário da Escola Agronômica do Paraná, a evolução do ensino da ciência no Brasil que, segundo os participantes – entre eles Kleber Souza Santos, coordenador nacional das Câmaras Especializadas –, “vive uma situação complexa e requer profunda e urgente atenção do Sistema Educacional e do Sistema Profissional, agravada pela implantação do ensino a distância de Agronomia”.

(da esq. p/ dir.): João Sebastião  Araújo (professor da UFRJ,  ex-coordenador da CCEAGRO/Confea); Annibal  Margon (Coordenador da  Câmara de Agronomia do Crea-GO); Seu Baiano  (vendedor que integra a  comunidade acadêmica da UFPR); Kleber Santos  (Coordenador Nacional da  CCEAGRO); Luiz Antonio Lucchesi (ex-  coordenador da Câmara de Agronomia  do Crea-PR) e José Otávio Machado  Menten (professor da USP/Esalq):  debates nas comemorações dos 100 anos do curso de Agronomia da UFPR

(da esq. p/ dir.): João Sebastião Araújo (professor da UFRJ, ex-coordenador da CCEAGRO/Confea); Annibal Margon (Coordenador da Câmara de Agronomia do Crea-GO); Seu Baiano (vendedor que integra a comunidade acadêmica da UFPR); Kleber Santos (Coordenador Nacional da CCEAGRO); Luiz Antonio Lucchesi (ex- coordenador da Câmara de Agronomia do Crea-PR) e José Otávio Machado Menten (professor da USP/Esalq): debates nas comemorações dos 100 anos do curso de Agronomia da UFPR

Para Kleber, a decisão “conjunta” das Câmaras que pactuaram trabalhar para influenciar a formação profissional junto a cursos de agronomia, “foi uma decisão importante que será reforçada na aproximação que o Confea pretende promover com o Ministério e o Conselho Nacional de Educação”.

Defensor de que o agrônomo precisa estar em contato com a água, a terra e o meio ambiente, Kleber vê com preocupação o ensino a distância e ressalta o fato de o atual presidente do Confea, Joel Krüger, ter atuação destacada na área acadêmica: “Essa discussão deve ganhar contornos mais definidos”. O coordenador nacional lembrou que a participação de Krüger, na abertura do Ciclo, reforça a atenção que precisa ser dada à formação de futuros profissionais.

Luiz Lucchesi, coordenador do curso e um entusiasta

Luiz Lucchesi, coordenador do curso e um entusiasta

Mercado de trabalho para os mais bem preparados
Com um cartão de visitas que exige espaço e destaca o número de seu registro profissional – Crea-PR 10.457/D, o eng. agrônomo,  Ph.D., professor e coordenador do Curso de Agronomia/ Dptº de Solos e Engenharia Agrícola/ Projeto Agronomia & Sustentabilidade  da Universidade Federal do Paraná/Setor de Ciências Agrárias; vice-presidente Sul da Confaeab (Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil) e diretor de Política Profissional da AEAPR (Associação de Engenheiros Agrônomos do Paraná),  Luiz Antônio Corrêa Lucchesi é mais conhecido como professor Lucchesi.

Definindo o XL Ciclo de Atualização em Ciências Agrárias, como “um feixe de várias bandeiras e parcerias na defesa da valorização da agronomia”, Lucchesi destacou o saldo positivo de iniciativas que reuniram entidades de classe do Sul do Brasil, representantes do Sistema Confea/Crea e coordenadores regionais de Câmaras Especializadas de Agronomia. “É fundamental incentivar o encontro entre os futuros e os profissionais já formados”, defende.

Integrante de um corpo docente preocupado com a qualidade profissional dos formandos, o professor é um crítico da “abertura indiscriminada de escolas de que nem sempre conseguem formar bons profissionais”.

Entusiasmado com a redução da repetência e da evasão e o aumento do número de formandos – 64, dos 133 que entram anualmente no curso da UFPR -, Lucchesi destaca também “a importância de formar profissionais para o mundo”, ao lembrar dos estagiários em diversas escolas em diversos países”

Com um mercado de trabalho sempre aberto, as diversas atividades relacionadas às ciências agronômicas encontram solo fértil no agronegócio, “que começa muito antes da porteira, na matéria-prima, nos minérios, nas máquinas, e passa pelas gôndolas do supermercado e acaba na mesa do consumidor”, ensina o professor, para quem “encontra boas oportunidades quem tem capacitação técnica e responsabilidade”.

 

FONTE: MARIA HELENA DE CARVALHO / EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DO CONFEA