O primeiro dia de atividades do Fórum Social Mundial, 28, foi dedicado à temática indígena e ao papel dos povos tradicionais no futuro, principalmente climático, do planeta. O dia, batizado de Pan-Amazônia, teve atividades relacionadas à temática indígena tanto na Universidade Federal do Pará, quanto na Universidade Federal Rural.
Na pauta de debates, oito linhas gerais nortearam as discussões: mudanças climáticas; soberania e segurança alimentar; modelos energéticos; trabalho; fim da violência; criminalização dos movimentos sociais; soberania nacional e soberania popular; e integração regional.
O tema mudanças climáticas foi destaque do painel de debates sobre questões ambientais, que reuniu representantes de povos amazônicos de nove países: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana Francesa e Suriname. Para os organizadores, o fato de o Fórum estar sendo realizado numa cidade amazônica, como Belém, já demonstra a mudança de percepção em tentar ampliar o debate junto às populações locais.
É cada vez mais claro que a experiência das populações indígenas na sua relação com a natureza é necessária para que sejam mudadas as consciências principalmente dos donos do capital. E é justamente esse lidar sustentável que tem se tornado a grande meta dos movimentos populares e de trabalhadores.
Indígenas exigem compromisso dos governos latinos
Os povos indígenas presentes no FSM querem se reunir na noite do dia 29 com os presidentes do Brasil, Equador, Bolívia e Venezuela para apresentar às lideranças reivindicações relacionadas à preservação do meio ambiente, à sobrevivência das etnias remanescentes e ao respeito às diversidades culturais.
O encontro acontecerá nesta quinta-feira, 29, a partir das 19h (horário local)/ 20h (horário de Brasília).