“Precisamos lutar para que mais mulheres tenham acesso universal e gratuito ao exame de mamografia com disponibilidade de realização nos hospitais públicos”, diretora da mulher, Simone Baía
Uma pesquisa – divulgada em julho deste ano – revela que a previsão de novos casos de câncer de mama, identificados até o fim de 2012, em todo o planeta é de 1,6 milhão, contra 640 mil na década de 1980. Ou seja, em três décadas, o número mais que dobrou. O mês de outubro é reconhecido internacionalmente pela luta dos movimentos sociais na prevenção ao câncer de mama. Neste mês, monumentos, prédios públicos, pontes e outros locais são iluminados pela cor rosa, caracterizando o Outubro Rosa.
“O câncer de mama é uma questão de saúde pública e é fundamental a conscientização sobre os métodos de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. Precisamos lutar para que mais mulheres tenham acesso universal e gratuito ao exame de mamografia com disponibilidade de realização nos hospitais públicos. A Fisenge juntamente com seus sindicatos filiados divulga e apoia amplamente esta campanha do outubro rosa”, disse a diretora da mulher, Simone Baía.
De acordo com o estudo “World Breast Cancer Report 2012”, a doença vem crescendo em taxas alarmantes em todo o mundo e ameaça a saúde pública. Ao mesmo tempo em que as mortes e a incidência de casos aumentam, os métodos de diagnóstico também.
No Brasil, o câncer de mama é a primeira causa de morte de mulheres por tumor. Entre os óbitos por doenças em geral no sexo feminino, perde apenas para os problemas cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima, para 2012, um total de 52.680 novos casos de câncer de mama entre as mulheres. Por região, o Sudeste lidera o ranking (29.360), seguido do Sul (9.350), Nordeste (8.970), Centro-Oeste (3.470) e Norte (1.530). Em relação às mortes pela doença, o dado mais recente que o Inca tem é de 2010, registrado no banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus), com 12.705 óbitos de mulheres e 147 de homens somente na rede pública.
Por isso, também é imprescindível que as mulheres estejam atentas às cláusulas femininas nos acordos coletivos de trabalho, especificamente as que se referem à saúde e suas especificidades. “Temos ampliado espaço nas mesas de negociação avançando nas conquistas”, afirmou Simone.