Marcelo Auler, jornalista com uma longa trajetória nos jornais impressos, fez parte da segunda mesa de debate do I Simpósio SOS Brasil Soberano e discutiu, essencialmente, o tipo de comunicação produzida pela mídia privada, atualmente.
Ana Carolina Westrup (Senge-SE)
“Houve uma época em que a imprensa existia para denunciar. Hoje não. Atualmente, a grande imprensa trabalha para invisibilizar qualquer fato que vai de encontro aos interesses políticos e mercadológicos dos veículos de imprensa. Só para dar um exemplo, parei para olhar os jornais no dia de hoje, 31 de março, data que há 53 anos aconteceu o golpe militar e não achei qualquer registro sobre o assunto. Em um momento que alguns segmentos defendem a volta da intervenção militar, a ausência de uma reflexão sobre esse capítulo da nossa História por parte da grande imprensa é muito sintomático”, afirmou Marcelo.
Nessa inflexão da imprensa, Marcelo destacou a importância da presença dos meios de comunicação alternativos. “São os blogs alternativos que fazem o contraponto dessa imprensa apática, mas ainda de forma tutelada pelo Poder Judiciário que, sistematicamente, tem censurado matérias importantes do ponto de vista da elucidação de fatos.Estamos vivendo uma crise na liberdade de imprensa”, denunciou o jornalista.
Terminando a sua contribuição no Seminário, o jornalista enfatizou a importância de entender a estratégica dos meios alternativos: “não só para fazer contrapontos, como também para elucidar uma realidade que está sendo omitida para a maioria da população brasileira”.